Horas trabalhadas na indústria não crescem há quatro meses, apura CNI
Texto: Redação Revista Anamaco
A pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que a atividade industrial esteve menor em outubro do que em setembro. As horas trabalhadas na produção industrial recuaram 0,4% no período, considerando os índices livres de efeitos sazonais. É o quarto mês consecutivo em que o indicador não cresce. A pesquisa acompanha empresas que representam 90% do produto industrial brasileiro.
O emprego industrial, por sua vez, variou 0,1% na passagem de setembro para outubro e está 0,5% menor do que no mesmo mês de 2022. Ao longo do ano, o emprego intercalou avanços e recuos, mas segue positivo no acumulado do ano, com alta de 0,3%. “O conjunto dos índices nos últimos meses mostram clara perda de dinamismo da atividade e do mercado de trabalho industrial", avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
A pesquisa mostra, ainda, que o rendimento médio real nos trabalhadores da indústria recuou 0,4% em outubro em relação a setembro. No acumulado até outubro, o avanço é de 2,7%. A massa salarial também teve queda e chegou em outubro 0,3% menor do que no mês anterior. Embora o indicador tenha recuado em sete meses do ano, o forte crescimento de abril garante a alta de 3% no ano.
Outro dado analisado é o faturamento real da indústria, que se manteve estável na passagem de setembro para outubro. Desde o fim de 2022, o indicador intercala avanços e recuos, sendo as quedas mais intensas, delineando uma leve trajetória de retração. Na comparação com outubro de 2022, houve recuo de 0,8%. Na comparação do acumulado até outubro, o índice acumula queda de 1%.
Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria atingiu 78,8% em outubro, o que representa 0,2 ponto percentual a mais do que em setembro. Desde junho, a UCI oscila entre 78,5% e 78,8%. Em relação ao observado em outubro de 2022, o uso do parque industrial teve queda de um ponto percentual.
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