Inadimplência em São Paulo recua
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 19,2% dos lares da capital paulista estavam com contas atrasadas em agosto, o que representa o menor nível desde outubro de 2021. Em um ano, o volume de famílias inadimplentes caiu 22%, o que corresponde a 220 mil lares a menos com dívidas em atraso.
Nesse cenário, caiu, também, o número de famílias sem condições de pagar as despesas, somando 8% das casas, a quarta retração seguida. É o menor resultado desde janeiro de 2022. No começo deste ano, essa taxa era de 9,7% e, considerando os últimos 12 meses, chegou a 11,2% em outubro passado.
Na análise da entidade, os dados são uma boa notícia para a economia da cidade e do País, já que, com menos contas atrasadas, sobra espaço no orçamento para o consumo no comércio e nos serviços, dinamizando os dois setores e essa queda reflete uma conjuntura econômica positiva, mantida pelas altas taxas de emprego e pela melhora na renda média das famílias.
A pesquisa aponta que o endividamento também voltou a cair em agosto, passando de 70,4%, no mês anterior, para 69,4%. Na comparação anual, porém, o indicador aumentou ligeiramente: 68,9% das famílias estavam endividadas há um ano.
Como tem sido desde a pandemia, a maioria dos endividados (87,3%) tem despesas com cartões de crédito. O dado novo, porém, é que essa realidade segue crescendo, no mesmo mês do ano passado, eram 80,4% os lares com dívidas que citavam o cartão. Modalidades com prazos mais curtos, como o crédito pessoal, também ganharam espaço, enquanto financiamentos de longo prazo e carnês caíram.
O estudo revela uma leve queda na intenção de contratar crédito ou financiamento, de 19,6%, em junho, para 18%, em agosto. A maior parte desses créditos seria destinada às compras.
Foto: Adobe Stock