Incerteza econômica cai em julho, mas permanece elevada, apura FGV
Texto: Redação Revista Anamaco
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), da Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 9,9 pontos em julho, para 163,7 pontos. Após a terceira queda consecutiva, o indicador permanece 27 pontos acima do recorde anterior à pandemia de Covid-19, de 136,8 pontos, em setembro de 2015. “A redução da incerteza reflete o ambiente de reabertura gradual da economia, adaptação de famílias e empresas ao momento e o conhecimento das medidas adotadas pelo governo para mitigação dos impactos da crise sanitária. Apesar disso, o nível do indicador continua muito elevado e sob influência do sobe e desce da pandemia de coronavirus. Há muita preocupação com a possibilidade de que uma segunda onda prejudique a tendência de recuperação em curso”, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista da FGV IBRE.
No mês, os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam na mesma direção. O componente de Mídia, recuou 8,4 pontos, para 144,1 pontos, contribuindo negativamente em 7,3 pontos para a queda do índice geral no mês. Já o componente de Expectativas recuou 12,1 pontos, para 215,9 pontos - após acumular alta de 112,8 pontos entre março e maio -, com contribuição negativa de 2,6 pontos para o comportamento do IIE-Br.
De acordo com a entidade, o componente de expectativas, ao permanecer acima de 200 pontos pelo quarto mês consecutivo, mostra como é difícil, neste momento, prever os rumos da economia no horizonte de 12 meses, uma vez que a fase crítica da pandemia será seguida por uma reabertura em que os estímulos fiscais serão gradualmente retirados”, acrescenta Anna Carolina.
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