Vendas recuam

Texto: Redação Revista Anamaco

O agravamento da pressão sobre os preços dos insumos e de matérias-primas segue impactando a indústria do cimento. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), em maio, as vendas do setor registraram recuo de 0,9% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No período, em termos nominais foram comercializadas 5,5 milhões de toneladas do insumo. 
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, observa que conflito e as sanções impostas à Rússia acentuaram, ainda mais, pressão no preço das commodities. “A guerra entre Rússia e Ucrânia tem gerado muitas incertezas para a indústria do cimento. A forte pressão nos preços do petróleo, do gás, e do coque no mercado global tem afetado substancialmente o setor”, frisa.
No ambiente interno, o endividamento das famílias continua elevado e, embora o desemprego tenha registrado leve redução, as novas posições de trabalho estão sendo ocupadas com salários menores do que antes da pandemia. Com isso, o rendimento da população caiu 7,9% no acumulado até abril.  
Em conjunto com esse movimento, a inflação está alta e as expectativas são de uma continuidade nos aumentos. A taxa de juros em ascensão está em 12,75%, o que deixa o financiamento habitacional ainda mais caro.
Diante desse cenário de instabilidade, as vendas de cimento apresentaram queda de 2,2% nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 25,6 milhões de toneladas comercializadas.  
O volume de vendas de cimento por dia útil, por sua vez, apresentou retração de 4,7% em relação ao mês de abril. No acumulado do ano (jan-mai), seguindo a tendência dos números absolutos, o desempenho é de retração de 3,1%.  

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