Indicador de incerteza da economia recua 4,7 pontos em março
Texto: Redação Revista Anamaco
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 4,7 pontos em março, para 123,5 pontos. Com a queda, o IIE-BR está distante de seu pico histórico, de 210,5 pontos, mas ainda 8,4 pontos acima do nível de fevereiro de 2020, último mês antes do início da pandemia de coronavírus no Brasil. Pela primeira vez desde novembro de 2020 os componentes do Indicador de Incerteza caminharam em sentidos opostos. O componente de Mídia recuou 7,7 pontos, para 114,5 pontos, contribuindo negativamente em 6,6 pontos para a queda do indicador geral no mês.
Já o componente de Expectativas, que mede a dispersão das previsões para os 12 meses seguintes, subiu em 8,9 pontos, para 149,4 pontos, contribuindo de forma positiva, em 1,9 ponto, para a evolução na margem do indicador agregado. Ambos os componentes ainda não devolvem as altas dos piores momentos da pandemia, com o primeiro devolvendo 98% das altas de março a abril e, o segundo devolvendo 72% das altas de março a maio. “A queda do indicador de incerteza foi motivada, exclusivamente, pelo recuo do componente de Mídia, aparentemente como um reflexo do avanço das campanhas de imunização contra a Covid-19 no País”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE).
Segundo ela, o recrudescimento da pandemia e seu difícil controle, por outro lado, são refletidas no componente de expectativa, que voltou a subir no mês, retratando o enorme desafio de se prever cenários econômicos para os próximos 12 meses. “Mesmo com a queda, o nível de incerteza continua elevado, tanto em relação ao nível neutro em termos históricos (100 pontos) quanto em relação ao nível médio de 114 pontos vigente entre 2015 e 2019”, finaliza.
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