Indústria brasileira do cimento contribui para uma economia de baixo carbono - Revista Anamaco

Sustentabilidade

Indústria brasileira do cimento contribui para uma economia de baixo carbono

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) marcaram presença na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, realizada em Dubai. Paulo Camillo Penna, presidente da ABPC e do SNIC, representou a cadeia produtiva do cimento em debates sobre a agenda de sustentabilidade do setor e enfrentamento da mudança climática, no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O segmento, que internacionalmente foi o primeiro a firmar um compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero, da Organização das Nações Unidas (ONU), avança no seu compromisso de neutralidade climática no Brasil.
De acordo com as enidades, a ideia do posicionamento da indústria nacional é partir do Roadmap Brasil, lançado em 2019 e que apontava meios para reduzir a emissão de CO2 na produção de cimento e ampliar para o ciclo de vida do produto, incorporando o concreto, a construção, a eletrificação, entre tantas outras ramificações que permitam alcançar a neutralidade climática do setor até 2050. “Esse novo projeto reforça o protagonismo da indústria nacional na agenda climática, que ocupa historicamente uma posição de referência entre os países com a menor emissão de CO2 por tonelada de cimento produzida no mundo, tendo estado à frente desse indicador em mais de 20 dos 30 anos da série histórica”, explica Penna.
Segundo ele, a iniciativa vem em um momento mais do que oportuno, quando se discute no âmbito nacional a descarbonização da economia. O executivo frisa que a indústria brasileira do cimento tem um importante compromisso com a sustentabilidade, principalmente no que tange a questão da substituição de combustíveis fósseis por fontes alternativas de energia. “Essa atividade de coprocessamento, responsável pela transição energética em nossa cadeia produtiva, substituiu 30% do combustível em 2022, sua melhor marca, antecipando a meta prevista para 2025. Foram 2,856 milhões de toneladas de resíduos processados, evitando cerca de 2,9 milhões de toneladas de CO2”, comenta.
Já são 25,813 milhões de toneladas de resíduos coprocessados nos fornos de cimento de 1999 a 2022, ou seja, uma nova vida aos resíduos que deixam de ser destinados em aterros e que são transformados em energia ou que substituem matérias-primas utilizadas pela indústria do cimento, preservando os recursos naturais em linha com a circularidade.
Segundo o executivo, com o coprocessamento, o setor mantém seu compromisso e segue atuando na redução das emissões de CO2, com o uso de diversos tipos de resíduos em substituição ao coque de petróleo, combustível fóssil mais utilizado no processo de fabricação de cimento. “Inúmeros são os exemplos de resíduos coprocessados pela indústria do cimento como: pneus usados; resíduos da agroindústria (como palha de arroz, casca de babaçu e caroço de açaí) e, mais recentemente, os resíduos sólidos urbanos - lixo doméstico, na sua fração não reciclável. Só em pneus inservíveis foram coprocessados 340 mil toneladas em 2022, o que corresponde a cerca de 68 milhões de pneus”, finaliza.

Foto: Adobe Stock

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