Indústria de cimento transforma problema de resíduos em oportunidade
Texto: Redação Revista Anamaco
Celebrado em 27 de agosto, o Dia Mundial da Limpeza Urbana mobiliza a sociedade sobre a conscientização para a destinação correta do lixo que produzimos. Para minimizar ao máximo o descarte em aterros, a indústria cimenteira tem contribuído para a economia circular, transformando o problema dos resíduos em oportunidade, reincorporando-os em seu processo produtivo, seja como fonte energética ou como substitutos de matéria-prima, tecnologia essa conhecida como coprocessamento.
De acordo com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a atividade é responsável pela transição energética, substitui o combustível fóssil por resíduo industrial, comercial, doméstico e biomassas.
Dados da entidade mostram que o coprocessamento alcançou, em 2022, 30% de participação na matriz energética do setor, antecipando a meta prevista para 2025. Foram 3,035 milhões de toneladas de resíduos processados, sendo 2,856 milhões de toneladas de combustíveis alternativos e 179 mil toneladas de matérias-primas substitutas. Ao todo, a troca de combustíveis fósseis por alternativos contribuiu para que fossem evitadas cerca de 2,9 milhões de toneladas de CO2 no ano.
A ABCP lembra que, em um momento em que a crise climática se aprofunda, a urgência de ações se torna mais necessária e que é preciso avançar em todas as frentes para eliminar as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Segundo a entidade, para avançar nessa agenda, a indústria brasileira do cimento vem empenhando esforços na promoção e desenvolvimento de Combustível Derivado de Resíduos Urbanos (CDRU) para fins de coprocessamento, contribuindo para o encerramento dos lixões e redução da disposição em aterros.
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