Termômetro Abramat

Indústria de material de construção busca celeridade nas ações com novo governo  

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) acaba de divulgar a nova edição do Termômetro da indústria do setor. No início de 2019 a indústria demonstrava alta expectativa sobre o novo governo, cenário que, segundo o estudo, vai sofrendo mudanças.
A sequência de resultados com pouca variação positiva somada à dificuldade na aprovação das reformas estruturais, e ao potencial bloqueio dos repasses ao Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) pela Caixa Econômica Federal fizeram surgir o pessimismo no setor em relação às ações governamentais, algo não observado desde outubro de 2018.
Pesquisa conduzida entre os membros da associação, o Termômetro aponta que 25% das empresas respondentes manifestaram expectativa negativa sobre as ações governamentais, somadas a 63% que veem tais ações com indiferença. Somente 12%  ainda demonstraram otimismo com as ações governamentais para os próximos meses.
Quando analisado o faturamento das empresas, o estudo apontou que para 33% das associadas o resultado em março foi “bom” ou “muito bom”. A expectativa sobre o mês de abril se mantém, ligeiramente, otimista: 54% das associadas esperam desempenho “bom”, enquanto apenas 4% responderam projetar faturamento “ruim”, com as demais empresas prevendo desempenho “regular”. 
O termômetro também aponta que 83% das associadas pretendem investir na linha de produção (modernização ou expansão) nos próximos 12 meses, a primeira vez que tal resposta atinge o patamar dos 80% desde setembro de 2012. “A Abramat reconhece as iniciativas do novo governo em buscar identificar as diferentes demandas para a recuperação econômica do País, mas o resultado dessa edição do termômetro traz um indicador importante. A celeridade na resolução de questões que acabam sendo gargalos produtivos para a indústria é fundamental; isso não ocorrendo, é natural uma mudança gradual na expectativa. Esse movimento, aliás, está ocorrendo não só em nossa indústria, mas em vários outros setores. É também importante destacar que mesmo com uma queda nas expectativas nesse momento, o setor atua com uma visão de longo prazo e tem programado investimentos compatíveis com uma retomada de crescimento”, afirma Rodrigo Navarro, presidente da entidade.

Foto: Adobe Stock

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