Indústria de material de construção fecha 2017 com retração de 4%
A Associação Brasileira das Indústrias dos Materiais de Construção (Abramat) acaba de divulgar a edição de dezembro do Índice Abramat. Segundo a entidade, no mês, o faturamento deflacionado das indústrias do setor apresentou queda de 2,2% em relação a dezembro de 2016. Com esse resultado, a indústria encerrou 2017 com retração de 4% em sobre o ano anterior.
Responsável por empregar grande contingente de trabalhadores e fortemente dependente de investimentos públicos, o setor da construção teve resultado coerente com o momento político e econômico do País. A alta taxa de desemprego, crédito dificultado, instabilidade política, corte de gastos do setor público e as paralisações das contratações do programa Minha Casa, Minha Vida culminaram no desempenho negativo, que já havia sido previsto pela Abramat no início do ano passado.
Além da queda nas vendas, tal cenário resultou em redução de 5,7% do total de funcionários empregados pelas empresas associadas à entidade.
“Observamos em mais um ano, que a cadeia da construção é um termômetro da situação econômica do País. Desde 2011 não houve crescimento expressivo do Produto Interno Bruto - PIB (acima de 1%) com a construção em baixa”, observa Walter Cover, presidente da Abramat.
Apesar do ano ruim, o executivo destaca que a expectativa é de um período de crescimento do comércio e início de recuperação do mercado de edificações e de infraestrutura, o que faz a entidade prever que, em 2018, o setor volte a crescer. “Trabalhamos com a expectativa de incremento entre 1% a 2% e esperamos que o Governo Federal, Estados e Municípios se conscientizem do papel fundamental da construção na economia do Brasil, permitindo que, este ano, inicie-se um novo ciclo de crescimento do setor após a forte queda vivida nos últimos três anos.”, finaliza Cover.