Indústria de tintas comemora crescimento
Favorecido pelo bom desempenho dos principais indicadores econômicos, pela produção recorde da indústria automobilística e pelo aquecimento do mercado imobiliário, o setor de tintas e vernizes tem motivos para comemorar. De acordo com as projeções do Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp), o fechamento de 2007 mostra que as vendas destes insumos cresceram em torno de 6%, percentual acima das previsões iniciais - de 4,2%. Já o faturamento do setor deverá chegar ao patamar dos US$ 2,75 bilhões, elevando o consumo de 330 milhões de galões de tintas (registrados em 2006) para 350 milhões, ou quase 1,3 bilhão de litros de tintas e vernizes em 2007. Mais do que números positivos (e não observados há muitos anos) o desempenho é animador porque aponta para uma tendência de crescimento sustentado para os próximos anos. Entretanto, cabe ressaltar que as expectativas favoráveis dependem de uma série de fatores conjunturais para se concretizar. Entre eles, decisões político-econômicas, como as reformas estruturais das áreas fiscal, tributária, política e da previdência; equilíbrio da taxa de câmbio e redução das taxas de juros. Outro fator que preocupa o segmento de tintas e vernizes são os consecutivos aumentos de matérias-primas, muitas delas derivadas do petróleo, além da escassez já identificada em alguns itens. "De qualquer forma, um crescimento em torno de 6% é muito significativo, pois na última década vínhamos registrando um desempenho aquém do desejado e do potencial que temos. Podemos dizer que, em 2007, o setor começou a retomar o caminho do crescimento, puxado principalmente pela construção civil e indústria automobilística", destaca o presidente do Sitivesp, Roberto Ferraiuolo. Segundo ele, certamente o ano de 2008 deverá ser um ano bastante promissor, pois a área da construção civil - que responde por aproximadamente 65% das vendas de tintas e vernizes - já terá maturado os investimentos feitos em 2007 e muitos imóveis lançados estarão na fase de prontos para serem pintados, considerando um prazo médio de construção de 8 a 18 meses.
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