Indústria do aço atinge 1,3 milhão de empregos na América Latina
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com a Associação Latino-americana de Aço (Alacero), entidade que conecta as cadeias de consumidores e produtores de aço na região, em 2021 foram gerados mais de 100 mil empregos na indústria siderúrgica regional, superando o número anterior à pandemia (2019). Esse aumento representa uma alta de 8,3% com relação a 2020, ano em que 93 mil postos de trabalho foram perdidos. Com isso, o setor na América Latina atingiu 1,3 milhão de empregos, um resultado fundamental para a recuperação econômica após a crise sanitária.
Alejandro Wagner, diretor Executivo da Alacero, observa que, apesar do grande impacto da pandemia nos níveis de emprego, a indústria do aço demonstrou sua resiliência mais uma vez. “No primeiro ano da pandemia, 18 fornos pararam de operar e houve uma perda de mais de 90 mil empregos no nosso setor. Mesmo assim, em 2021, a indústria deu rápidos sinais de melhoria: houve uma recuperação de 9%, acima dos 8,1% do restante da cadeia de valor”, comenta.
O executivo lembra que, no início da pandemia, houve grande volatilidade dos preços das commodities, gerando uma crise no abastecimento de matérias-primas. “Consequentemente, em 2021 foi preciso realizar um esforço maior para abastecer os estoques e agentes intermediários. Essa demanda acumulada, combinada com as incertezas de 2022, fortaleceu a indústria”, completa.
O diretor comenta que, para cada posto de trabalho na área são gerados, em média, outros 4,93 empregos indiretos na cadeia de valor. O Brasil foi o país que registrou o maior aumento de empregos diretos em 2021 com relação a 2020, com um total de mais de 16.600 postos, seguido pelo Peru, com 1.900. Já os países com maior indicador de geração de empregos indiretos em 2021 foram Chile (9,67), México (6,50), Equador (5,28), Argentina (4,76) e Brasil (4,44).
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