Indústria do cimento reduz emissão de CO2 e projeta neutralidade até 2050
Texto: Redação Revista Anamaco
A redução da emissão de gases de efeito estufa, visando alcançar a neutralidade em carbono até 2050, tem sido um dos principais desafios do setor industrial nos tempos atuais. Em apoio à agenda climática, a indústria do cimento tem promovido esforços significativos para reduzir o impacto gerado ao meio ambiente, com ações que levaram o Brasil a se tornar uma referência mundial como um dos países que emite a menor quantidade de CO2 por tonelada de cimento produzida no mundo.
Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), lembra que a indústria cimenteira é considerada uma atividade intensiva na emissão de gases de efeito estufa e responde, globalmente, por cerca de 7% de todo o gás carbônico emitido pelo homem. Entretanto, em função de ações que vêm sendo conduzidas há décadas pelo setor, bem como do próprio perfil de emissões nacionais, no Brasil essa participação é de quase um terço da média mundial - ou 2,3% - segundo o Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa.
O executivo destaca que a agenda de carbono é o maior e mais importante compromisso com o meio ambiente já firmado pela indústria do cimento. Tanto que, há quase 20 anos, o setor criou o que é hoje considerado o maior banco de dados de emissões e indicadores ambientais de uma atividade industrial no mundo, com o objetivo permanente de mitigar as referidas emissões. Este banco de dados é abastecido por oito associações e 48 das maiores empresas cimenteiras do planeta, cobrindo cerca de 850 fábricas no mundo todo. “Essa posição de destaque, ao mesmo tempo em que é um reconhecimento ao esforço do setor no combate às mudanças climáticas, representa um enorme desafio: produzir o cimento necessário ao desenvolvimento do País e buscando soluções para reduzir ainda mais as suas emissões de CO2”, ressalta.
Diante desse cenário, o setor tem aprimorado e ampliado o uso de tecnologias como o coprocessamento de combustíveis alternativos para substituição de um insumo intensivo em carbono: o coque de petróleo - combustível fóssil usado na queima do calcário para se obter o clínquer, o principal insumo do cimento.
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