Indústria do cimento tem alta nas vendas em setembro, mas acumula queda em 2018
Texto: Redação Revista Anamaco
Dados apurados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) mostram que, em setembro, foram vendidas, no mercado interno, 4,6 milhões de toneladas de cimento, quantidade 5,6% inferior às vendas do mesmo mês de 2017. Na comparação por dia útil - melhor indicador da indústria por considerar o número de dias trabalhados, que tem forte influência no consumo de cimento - as vendas do produto no mês tiveram redução de 1,2% em comparação a setembro do ano passado e crescimento de 8,3% sobre agosto de 2018.
De janeiro a setembro, as vendas também estão em queda e totalizaram 39,5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,2% frente ao mesmo período do ano passado. Em 12 meses, as vendas acumuladas chegam a 52,4 milhões de toneladas, quantidade 2,9% menor do que nos 12 meses anteriores (out/16 a set/17).
Já o consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 39,6 milhões de toneladas no período de janeiro a setembro, com retração de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o acumulado nos últimos 12 meses (outubro/17 a setembro/18), a queda registrada no consumo aparente atingiu 3,2% sobre igual período anterior (outubro/16 a setembro/17).
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, afirma que os números de setembro refletem o fraco desempenho da atividade econômica. “Não vemos sinais de melhora até o final do ano. Tudo indica que 2018 fechará com queda próxima a 2% na demanda do produto. Desse modo, teremos o quarto ano consecutivo no vermelho, acumulando uma retração de 26% no período”, afirma. Paulo Camillo, entretanto, tem a expectativa de um melhor desempenho da indústria do cimento no próximo ano: Ele observa que na agenda dos candidatos à Presidência da República há o reconhecimento do papel relevante da cadeia produtiva da construção civil para o desenvolvimento do País, com ênfase na empregabilidade, infraestrutura e moradia. ”Com a eleição dos novos governantes temos perspectiva de um ambiente político/econômico mais estável em 2019 que permita a retomada de crescimento desse setor e do consumo de cimento”, explica.
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