Indústria paulista inicia o terceiro trimestre com crescimento, apontam Fiesp e Ciesp
Texto: Redação Revisat Anamaco
De acordo com dados apurados pelo Levantamento da Conjuntura, divulgados pela Fiesp e Ciesp, a indústria paulista vem mantendo o ritmo de recuperação. Em julho, os itens vendas e horas trabalhadas registraram forte crescimento. Na passagem de junho para julho, as Vendas Reais subiram 16,8% e as Horas Trabalhadas na Produção registraram aumento de 11,3%. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) atingiu 73,9%, crescendo 4,9 p.p frente à leitura do mês anterior. Os salários reais também apresentaram alta de 4,1% na passagem de junho para julho. Todos os dados estão livres de influências sazonais.
Segundo a pesquisa, na série com ajuste sazonal, as Vendas Reais, em julho, superaram as perdas ocorridas nos meses de março e abril, com o volume de vendas ficando 7,6% acima do nível de fevereiro, antes da pandemia. No caso das demais variáveis, no entanto, as quedas ainda não foram compensadas.
Na comparação com fevereiro, os indicadores apresentam os seguintes resultados: Horas Trabalhadas na Produção: -8,0%; Salários Reais Médios: -3,9%; NUCI: -1,8 p.p. Com relação ao NUCI, o indicador está 5,5 p.p abaixo da média histórica (79,4%), indicando um nível de ociosidade ainda elevado na indústria de transformação paulista.
Já a pesquisa Sensor de agosto fechou em 49,5 pontos, na série com ajuste sazonal, resultado idêntico ao de julho, indicando estabilidade. Números abaixo dos 50 pontos sinalizam piora da atividade industrial paulista para o mês corrente. O valor de 49,5 indica estabilidade e significativa evolução frente a abril, o pior momento da atividade, quando o Sensor marcou 34,5 pontos.
Nesse cenário, o item Mercado permaneceu praticamente estável em relação ao mês passado. Em agosto, o resultado foi de 53,1 pontos, o que indica que o mercado continua aquecido.
Apesar de uma pequena queda no indicador Vendas no período, as percepções dos industriais paulistas continuam positivas. O resultado passou de 53,2 pontos em julho para 51,9 pontos em agosto, permanecendo acima da linha dos 50 pontos de estabilidade e sinalizando continuidade do crescimento das vendas.
E, pelo quarto mês consecutivo, os níveis de Estoques apresentaram melhora em sua medição. Ao registrar 48,9 pontos, o indicador acumula aumento de 8,8 pontos em relação ao mês de abril deste ano, quando marcava 40,1 pontos.
No mês, o indicador de Emprego fechou em 47,7 pontos, ante os 49,8 pontos do mês de julho. De acordo com a pesquisa, como o resultado está abaixo dos 50 pontos, isso pode indicar uma possível diminuição dos empregos no período.
Já, o componente Investimentos apresentou a variação mais forte no período. O índice passou de 39,7 pontos em julho para 44,6 pontos em agosto. Entretanto, o estudo aponta que, como o indicador continua abaixo dos 50 pontos, há expectativa de redução dos investimentos, ainda que em menor ritmo.
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