Industriais paulistas mostram otimismo com faturamento e economia - Revista Anamaco

Cenário Econômico

Industriais paulistas mostram otimismo com faturamento e economia

Texto: Redação Revista Anamaco

Após o forte impacto da Covid-19 na economia, a pesquisa “Rumos - Otimismo na Indústria Paulista”, realizada pela Fiesp e Ciesp, mostra que os industriais paulistas veem de forma positiva o fim de 2020 e ainda melhor 2021.
O maior nível de otimismo está no faturamento das empresas (passa de 57,8% em 2020 para 65,7% em 2021) e na economia nacional (salta de 37,5% em 2020 para 51,9% em 2021). Os resultados refletem a confiança das indústrias de São Paulo na recuperação da economia.
De acordo com a pesquisa, os entrevistados veem significativa melhora no emprego no próximo ano. Até o fim de 2020, 40,4% se disseram otimistas nesse item e, para 2021, o percentual subiu para 50%. Em relação à economia paulista, o sentimento é o mesmo: a visão otimista passa de 29,5% para 45,2%. A avaliação sobre endividamento não muda muito, a maioria (55,8%) se disse neutro sobre este ponto em 2020 e 52,2% mantêm esta opinião para em 2021.
Já em relação ao preço dos insumos e dos custos, o sentimento predominante é negativo, embora haja redução do pessimismo no ano que vem. Até o fim de 2020, 90,1% de disseram pessimistas no item preço dos insumos e 86,3% no quesito custos. Quando opinam sobre 2021, o grau de pessimismo dos empresários cai para 65,7% (preço dos insumos) e 65,2% (custos).
Por fim, os industriais também acreditam que em 2021 as chances de que uma vacina contra Covid-19 seja distribuída ou que a pandemia chegue ao fim aumentam substancialmente. Quase 55% dos entrevistados responderam estar otimistas com esta perspectiva para o ano que vem contra apenas 29,3% para 2020.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, analisa que a demanda mais firme está trazendo otimismo para o final deste ano, sentimento que irá se manter em 2021. “Para 2021, o otimismo da indústria paulista será ainda maior porque as empresas acreditam no crescimento da demanda”, diz Skaf.
Segundo ele, a preocupação deve-se aos custos provocados pela escassez de muitos insumos básicos e pelo choque nos preços. “Mas, acreditamos que a insuficiência dos insumos deverá se resolver nos próximos meses com a retomada da produção que já está ocorrendo”, finaliza.
A pesquisa ouviu 414 indústrias paulistas, no período de 07 a 13 de outubro. Entre as empresas ouvidas, 2,4% eram de grande porte, 28,3%, médias, 66,9%, pequenas e 2,4% eram microempresas.

 

Foto: Adobe Stock 

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