Inovação

Texto: Redação Revista Anamaco

A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor; ArcelorMittal; Belgo Bekaert e Basf foram listadas no Ranking 100 Open Corps 2022, premiação que reconhece as corporações que mais praticaram inovação aberta com startups no Brasil no último ano.
O ranking mostra que, no ano passado, as corporações fecharam mais negócios com startups do que nunca. Segundo levantamento, realizado entre julho/21 e junho/22, o valor total de contratos de Open Innovation fechados entre corporações e startups alcançou o montante de R$ 2,7 bilhões, representando um valor médio de R$ 260 mil por contrato.
A Dexco aparece como empresa TOP 5 de Construção e Imobiliário. Daniel Franco, diretor de TI, Desenvolvimento de Negócios e Inovação da empresa, destaca que esse reconhecimento comprova que a jornada da companhia em inovação aberta tem sido frutífera e bem-sucedida. “Esse movimento faz parte de uma estratégia bem definida. Ao investirmos em startups, apostamos na inovação disruptiva, que é aquela que não está no core business, mas vai impactar o negócio e gerar valor compartilhado”, explica o executivo.
Segundo ele, por meio do fundo de Corporate Venture Capital, o DX Ventures, é feito um monitoramento das tendências de transformação do setor de construção, reforma e decoração no Brasil e no mundo e são feitos investimos em startups e scale-ups que se conectam com a companhia e que podem oferecer soluções inovadoras ao mercado. 
A Dexco lidera várias iniciativas que têm sido fundamentais para o crescimento da cultura de inovação aberta na empresa. Em 2021, R$ 45 milhões foram destinados para duas startups, a Urbem, especializada na produção de madeira engenheirada a partir de matéria-prima de reflorestamento, e a Noah Wood Building Design, que desenvolve edificações com menor pegada de carbono utilizando essa madeira engenheirada como matéria-prima.
Já em 2022, a DX Ventures anunciou o investimento de R$ 74 milhões na Brasil ao Cubo, construtech especializada em soluções ágeis e construções modulares com base em estruturas metálicas. “Temos executivos nossos nos conselhos e comitês das empresas investidas, com atuação, também, no desenvolvimento de projetos e produtos. Nós aprendemos com as startups e, por outro lado, fortalecemos as suas estruturas de gestão. Todos saem ganhando”, ressalta Franco. 
A ArcelorMittal por sua vez, venceu no segmento de Mineração e Metais pelo segundo ano consecutivo e alcançou o TOP 3 na classificação geral nacional pela terceira vez seguida.  A empresa foi premiada pelas ações de inovação aberta impulsionadas pelo Açolab (1º laboratório de inovação da indústria do aço no planeta) e iNO.VC (programa de transformação digital). 
O Açolab completou quatro anos de atividades e tem o propósito de cocriar soluções inovadoras que gerem valor para a empresa e para a sociedade. O seu papel na estratégia do negócio foi reforçado em 2021 com o lançamento do Açolab Ventures. O fundo deverá investir mais de R$ 100 milhões em startups e pequenas empresas inovadoras. A estratégia é identificar startups que tenham solução validada e que desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia da ArcelorMittal. As startups selecionadas relacionam-se às áreas de Siderurgia, Mineração, Construção Civil, Indústria, Sustentabilidade, Logística, Comercial, Varejo e Distribuição.
Já o Programa de Transformação Digital da ArcelorMittal – o iNO.VC.- tem como premissa acelerar a transformação digital da empresa ao colocar juntos empregados, startups e pessoas que estejam desenvolvendo projetos da área em meios acadêmicos em todo o País. Os projetos são voltados para o desenvolvimento de três unidades da ArcelorMittal em Vitória (ES), Contagem (MG) e São Francisco do Sul (SC). O objetivo é acelerar o desenvolvimento de propostas que sejam estratégicas e ao ecossistema digital de forma disruptiva, para se encontrar soluções que fortaleçam os valores de sustentabilidade e liderança do grupo globalmente.

INOVAÇÃO EM DESTAQUE

Também ranqueada, a Belgo Bekaert ocupa o quarto lugar no TOP 10 da categoria Mineração e Metais e registrou o total de 160 de relacionamentos firmados durante o período de avaliação do ranking - que vai de julho/21 a junho/22 - conquistando um aumento de 290% em comparação a 2021, quando também esteve entre as principais empresas que fomentaram o ecossistema de inovação no Brasil. Das mais de 4.500 participantes em 2022, a Belgo Bekaert está entre as TOP 50. "A inovação é um pilar estratégico para a Belgo Bekaert e a inovação aberta é um caminho para acelerar a nossa transformação, com base no poder da colaboração. Sermos reconhecidos pela segunda vez consecutiva no Top 100 Open Corps reforça a nossa convicção de que estamos na direção correta", afirma o CEO da Belgo Bekaert, Ricardo Garcia.  
Por meio do relacionamento com o ecossistema de startups e apoiando projetos de inovação aberta, em 2021 a Belgo tinha contratos firmados de mais de R$ 2 milhões. Em 2022, o valor dos contratos avançou para mais de R$ 5,6 milhões, o que representa uma evolução de 280% entre os períodos de apuração.
Outro destaque da Belgo em inovação foi a criação de uma diretoria dedicada ao tema, liderada por André Ghion, executivo e empreendedor com mais de 20 anos de experiência em transformação digital, startups, e-commerce, inovação, desenvolvimento de negócios e corporate ventures. A nova diretoria é composta pelas áreas de Digital, Inovação, Propriedade Intelectual, Fronteira Tecnológica, Corporate Venture Building, Corporate Venture Capital, e-commerce, Analytics e Inteligência Artificial.
Por fim, a Basf foi eleita a TOP 1 da Indústria Química pelo terceiro ano consecutivo e garantiu o quinto posto entre as Top 100 Open Corps 2022. A premiação revela um crescimento de 61% no número de relacionamentos declarados entre empresas e startups em relação à edição 2021. No setor de Manufatura e Indústria Química, as corporações TOP 10 foram responsáveis por 75% dos relacionamentos com startups. Este é o primeiro ano em que a medição abrange a América Latina.
No total, as corporações de Manufatura e Indústria Química estabeleceram 709 relacionamentos de negócios com 424 startups no último ano. Esses relacionamentos de negócio transacionaram diretamente cerca de R$ 110 milhões (contra R$ 57 milhões no ano anterior). O impacto direto em benefícios para ambos os lados e para o setor como um todo é muitas vezes superior a esse número. “O ranking se tornou um selo de qualidade da nossa estratégia em inovação aberta. Temos uma jornada que abrange diversas frentes nos vários setores em que atuamos e que já está consolidada como modo de fomentar novos negócios”, considera Edson Akiyama, diretor de Customer Enabling da BASF América do Sul. “Envolvemos clientes, parceiros e demais stakeholders em nossos ecossistemas digitais na busca de soluções, com um olhar que vai muito além da venda de insumos industriais”.
Entre as iniciativas que contribuíram para o reconhecimento está Suvinil Fora da Lata, da marca de tintas decorativas da Basf, que recebeu mais de mil inscrições e acelerou 11 startups desde o seu lançamento em 2019, em parceria com a Liga Ventures. “A inovação aberta se mostra um caminho importante para novos negócios e para a nossa transformação cultural. O olhar de ecossistema com cliente no centro torna-se um grande diferencial. Criamos um valor incrível por meio da abordagem de desafios de forma integrada com startups, valorizando a conexão entre as pessoas e entre os negócios, com impacto social e ambiental”, considera Ornella Nitardi, gerente de Inovação Aberta e Ecossistemas Digitais da Basf América do Sul.
Realizado pela 100 Open Startups, plataforma pioneira e líder em inovação aberta na América Latina, o Ranking 100 Open Corps 2022 está em sua sétima edição e considera dados gerados pelo próprio mercado.
Em 2022, foram 4.449 corporações participantes, superando largamente as 3.424 corporações de 2021. No ano, houve crescimento de 60% no número de relacionamentos declarados entre empresas e startups, chegando a 42.588, contra 26.348 no ano passado.  

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