Intenção de compras avança
Texto: Redação Revista Anamaco
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 2,4% em maio, descontados os efeitos sazonais, mantendo a tendência de alta.
De acordo com o estudo, o nível de consumo atual teve a maior alta em maio (+3,4%), com a combinação de inflação mais baixa e emprego mais favorável, embora o indicador ainda esteja na zona negativa (81,5 pontos).
Os consumidores também apontaram maior intenção de consumo de produtos duráveis, mas a alta tem relação com a base de comparação muito baixa. A avaliação da renda corrente melhorou 2,9% e o indicador chegou ao maior nível (115,3 pontos) desde maio de 2015.
O levantamento mostra, ainda, que a proporção de consumidores considerando a renda hoje melhor do que há um ano (36,5%) é a maior desde o início da pandemia (março de 2020). A evolução da inflação em abril novamente mostrou desaceleração, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anual alcançou 4,18%, dentro do intervalo da meta de inflação do Banco Central (4,75%) pelo segundo mês. Além disso, a inflação dos produtos de alimentação e bebidas desacelerou, os preços desses itens acumulam alta de 1,52% este ano e são as despesas que pesam mais no orçamento das famílias de renda baixa.
A pesquisa indica que a dinâmica mais favorável do nível de consumo atual também está associada à maior satisfação com o emprego. A contínua geração de vagas formais pelo setor de serviços, com contratações de pessoas com menor nível de escolaridade, fez o índice (121,6 pontos) alcançar o maior nível desde abril de 2015.
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