Intenção de consumo avança - Revista Anamaco

Cenário Econômico

Intenção de consumo avança

Texto: Redação Revista Anamaco

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 0,4% em abril, descontados os efeitos sazonais, o que representa o primeiro resultado positivo após quatro meses de queda. A maioria dos componentes fechou o mês em alta, com exceção de momento para duráveis.
A pesquisa mostra que o item Momento para Duráveis - ICF teve a aumento da sua taxa mensal (0,4%) e ainda apresenta o maior avanço anual de abril (20,3%). Pelo terceiro mês seguido, houve aumento da proporção de famílias que consideram um mau momento para compra desses bens, obtendo a maior parcela desde setembro de 2023 (63,5%).
A Percepção de Acesso ao Crédito - ICF, por sua vez, avançou tanto no resultado mensal quanto no anual. O desempenho positivo do indicador em abril (0,9%) evidencia a melhora do mercado de crédito. Neste mês, 30,6% dos consumidores consideram mais fácil o acesso ao crédito.
Outro fator que influencia o consumo é o mercado de trabalho, que vem tendo crescimento, nos dois primeiros meses do ano, do estoque de trabalhadores do País. No mês, o Emprego Atual - ICF quebrou a sequência de quatro taxas negativas, ao subir 0,4¨%. Em relação aos próximos meses, a Perspectiva Profissional interrompe uma sequência negativa ainda maior, de oito meses, atingindo resultado de 0,2% em abril. No comparativo anual, tanto Emprego Atual (4,2%) quanto Perspectiva Profissional (1,7%) permanecem positivos.
Com mercado de trabalho aquecido, perspectiva profissional crescendo e acesso ao crédito mais fácil, o Consumo Atual - ICF avançou 1,4%, após quatro meses de baixa, mas, ainda assim, o percentual de famílias que consideram seu nível de consumo menor que em 2023 vem crescendo (36,5%) e a maior parte das famílias ainda considera seu consumo igual (38%).
No mesmo sentido, a Perspectiva de Consumo - ICF teve alta em resultado mensal e anual; além disso, continuou acima do observado no nível de satisfação, com 106,7 pontos, diferentemente do consumo atual, que ainda está abaixo dos 100 pontos.
O levantamento revela que a intenção de consumir em abril foi puxada positivamente pelas famílias nas duas perspectivas de renda. As famílias com renda acima de 10 salários mínimos tiveram alta de 0,8%, enquanto as famílias com renda menor que 10 salários subiram 0,4%. Tanto as famílias consideradas mais ricas quanto as de renda menor apresentaram melhora da percepção do Acesso ao Crédito - ICF, registrando 1,2% e 0,4%, respectivamente.
Nas famílias com menor renda, apenas o indicador de momento para duráveis registrou desempenho negativo (-0,4%), sendo a terceira queda consecutiva; enquanto o melhor resultado foi do indicador de perspectiva de consumo, mostrando que as famílias, embora com menor renda, estão animadas para consumir nos próximos meses. No recorte das famílias mais ricas, o indicador de emprego atual recuou 0,4% e o de perspectiva profissional ficou estável. Ademais, ao contrário das famílias abaixo de 10 salários mínimos, o indicador de momento para duráveis teve o melhor desempenho (+2,4%).

Foto: Adobe Stock

 

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