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Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com dados apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 0,8% em março, descontados os efeitos sazonais, e atingiu o maior nível (96,7 pontos) desde março de 2020. Embora o indicador mantenha tendência de alta, o avanço foi o menos expressivo em um ano, indicando que o otimismo do consumidor está perdendo fôlego.
O estudo mostra que, pelo terceiro mês consecutivo, a perspectiva de consumo nos próximos meses se destacou com o maior crescimento mensal (3,2%). Desde outubro do ano passado, o indicador tem avançado mais do que o nível de consumo atual, com as famílias esperando condições de consumo melhores à frente do que elas encontram hoje.
Outro dado apurado pelo levantamento aponta que a proporção de consumidores com avaliação positiva da renda atual ficou estável em março (34,9% do total). Por outro lado, é crescente a proporção de consumidores apontando maior dificuldade de acesso ao crédito. Em março, esse percentual chegou a 37% das famílias, com o índice de compras a prazo caindo 0,8% e se mantendo na zona de avaliação negativa (90,5 pontos). Além disso, o momento para aquisição de duráveis também é negativo para a maioria: três em cada quatro consumidores consideram que é um mau período para a compra desses produtos. O crédito mais caro e seleto, principalmente para os consumidores de menor renda, tem levado cada vez mais consumidores a repensar compras de longo prazo.

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