Intenção de Consumo das Famílias continua em baixa, aponta CNC
Texto: Redação Revista Anamaco
Em junho, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), de acordo com a pesquisa apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou o quarto resultado mensal negativo sucessivo: 3,5%. Em maio, o recuo foi de 1,7%, demonstrando o descontentamento das famílias observado a partir de março (-0,4%), quando as intenções de consumo passaram a ficar negativas. Na comparação com junho do ano passado, o aumento foi de 5,3%.
A queda do ICF na comparação mensal representou a maior taxa negativa desde maio de 2015, quando recuo 4,6%. Nos últimos quatro meses, esse indicador acumulou retração de 7,3%. Já no primeiro semestre, revelou alta de apenas 0,1%, representando pouca mudança na propensão ao consumo.
Dos subíndices que compõem o ICF, a maior insatisfação deveu-se ao Momento para Duráveis, que recuou 5,7% na comparação mensal, mas avançou 4,5% ante junho de 2018. Por outro lado, subiu para 33,0% o número de famílias que disseram que a Renda Atual está melhor; participação bem maior do que em junho do ano passado (29,8%). Também diminuiu para 25,6% o total que reconheceu que a renda havia piorado, pois esta distribuição em junho do ano passado era maior, de 29,8%.
As variações negativas dos subindicadores Nível de Consumo Atual (2,7%%), Compras a Prazo (2,5%) e Momento para Duráveis (5,7%) espelharam a piora nas condições de consumo. E as reduções acentuadas nos subíndices Perspectiva Profissional (4,9%) e de Consumo (5,0%) expuseram o grau de degeneração das expectativas com o consumo de bens. Em junho, prevaleceram as famílias que disseram que as perspectivas de consumo haviam caído (40,4%).
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