Intenção de consumo das famílias cresce novamente em março
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), chegou a 99,9 pontos em março, apenas um décimo abaixo do nível de satisfação (acima de 100 pontos) e o melhor resultado desde abril de 2015. Também foi o maior nível atingido em um mês de março em cinco anos. Contudo, essa tendência será reduzida pelos impactos econômicos do novo coronavírus.
Com o ajuste sazonal, a ICF apresentou um aumento mensal de 2,2%, consolidando o momento de recuperação já observado em fevereiro e aumento mais intenso desde janeiro de 2019 (+2,5%). Já o comparativo anual mostrou crescimento de 1,9%. No recorte regional também não houve recuo e o Sul registrou o maior crescimento mensal (+3,7%). Na comparação anual por região, somente o Nordeste mostrou taxa negativa (-2,0%). As famílias do Sul também são as mais confiantes (109,3 pontos).
Até então, os indicadores referentes a emprego e renda haviam voltado ao mesmo patamar de 2015, pré-crise. A maior parte dos entrevistados (39,6%) se sentia mais segura em relação ao seu emprego, proporção maior do que no mês anterior e o mesmo período em 2019, além de configurar seu maior percentual desde abril de 2015 (40,0%). Já as avaliações positivas em relação à renda alcançaram 37,5% das famílias, número inferior ao mês anterior (38,1%), mas superior ao mesmo período em 2019 (34,1%).
Também haviam melhorado os indicadores de condições e perspectivas de consumo. O percentual de famílias que percebeu maior facilidade para compras a prazo aumentou para 33,3%, o maior percentual desde maio de 2015. Houve aumento, pelo terceiro mês seguido, nesse item em março (+2,7%) e, com isso o indicador atingiu o maior nível desde maio de 2015. Na comparação anual também houve crescimento, confirmando a percepção positiva das famílias em relação ao mercado de crédito antes do cenário do coronavírus.
A percepção de perspectiva de consumo dos brasileiros foi menor do que no mês passado (36,0%), ante 36,4% no mês anterior e 35,9% em março de 2019, corroborando um comportamento de consumo mais cauteloso das famílias no futuro.
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