Intenção de consumo das famílias melhora em relação ao ano passado
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ficou estável em setembro em 79 pontos (0,1% acima do patamar agosto, quando atingiu 78,9 pontos). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o indicador estava em 69,9 pontos, houve crescimento de 13%.
O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação, em relação às condições de consumo.
O destaque do mês foi indicador de Emprego Atual, que cresceu 1,7%, com 101,7 pontos ante os 100 pontos de agosto e no contraponto anual houve aumento de 8,8% (93,5 pontos).
No sentido inverso, o item Perspectiva Profissional atingiu 102,7 pontos, recuo mensal de 1%, e está 3,9% menor que no mesmo período de 2016, quando registrou 106,9 pontos. Esses são os únicos itens do ICF que estão acima dos 100 pontos, patamar considerado de satisfação, revelando segurança e boas perspectivas em relação ao atual emprego e expectativa de uma melhora profissional para o responsável pelo domicílio nos próximos meses.
Esse grau maior de confiança no emprego permite que as famílias tenham uma propensão maior a consumir. O indicador Nível de Consumo Atual registrou alta de 1,1%, com 51,2 pontos, e avançou 31,1% no contraponto anual. O item Perspectiva de Consumo também teve elevação (1,8%) e atingiu 75,6 pontos, 26,7% acima do resultado visto no mesmo mês do ano passado.
De acordo com a Federação, já é perceptível a redução do pessimismo entre as famílias. A proporção que pretende gastar nos próximos meses menos do que no ano passado caiu de 58% para 47%. Quando questionados sobre o gasto atual, a proporção que respondeu que está inferior ao ano passado registrou 60%, ante 67% em 2016.
O indicador Momento para duráveis atingiu, em setembro, 54,5 pontos, queda de 2,4% em relação aos 55,9 pontos em agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2016, o indicador avançou 22,3%. Em setembro do ano passado, o porcentual de entrevistados que consideravam um mau momento para compras de bens duráveis era 76%, e nesta pesquisa passou para 70%.
O item Acesso a Crédito registrou leve alta de 0,6% e atingiu 77,1 pontos, enquanto no contraponto anual a elevação foi de 14,5%. O indicador Renda Atual caiu 1,6%, registrando 89,8 pontos, mas ficou 14,8% maior do que em setembro de 2016.
A pesquisa mostra ainda que os entrevistados continuam insatisfeitos em relação ao crédito e à renda, contudo, para a Federação, a inflação mais baixa - inclusive deflação no principal grupo de despesa das famílias, a alimentação - e uma redução da taxa de juros contribuíram para a diminuição dessa insatisfação em relação a 2016.