Intenção de consumo das famílias mostra tendência de alta, apura CNC - Revista Anamaco

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Intenção de consumo das famílias mostra tendência de alta, apura CNC

Texto: Redação Revista Anamaco 

Após registrar queda no último mês, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a subir em março. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o indicador alcançou 73,8 pontos, com crescimento mensal de 0,6% com ajuste sazonal. Apesar da recuperação, trata-se do pior mês de março da série histórica. Em relação a março de 2020, houve retração de 26,1%, a décima segunda nesta base comparativa. O índice permaneceu ainda abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que acontece desde abril de 2015 (102,9 pontos).
José Roberto Tadros, presidente da entidade, destaca que o levantamento mostra maior confiança das famílias na recuperação econômica, mas observa que essa avaliação está amparada em uma percepção de melhora no mercado de trabalho. “De modo geral, o brasileiro se mostra mais seguro quanto ao impacto da pandemia sobre seu emprego. Mas é um dado ainda tímido que só vai se confirmar em médio prazo com maior enfrentamento da pandemia e medidas de proteção à economia”, avalia Tadros.
De acordo com a pesquisa, a maior parte dos entrevistados (32,7%) respondeu que se sente tão segura com seu emprego atual quanto no ano passado, uma proporção mais alta do que no mês anterior (32%) e maior do que em março de 2020 (26,7%). O índice atingiu o patamar de 90 pontos, o maior desde maio de 2020 (101,7 pontos) e o mais alto indicador deste mês. Pela primeira vez desde dezembro de 2020, a parcela dos que se sentem “menos seguros” com o emprego não representa a maioria.
Já o subíndice que avalia a renda atual mostra que a maioria das famílias considera sua renda pior do que no ano passado, um percentual de 40,3%. Contudo, o item voltou a crescer (+0,4%), após dois meses consecutivos de queda, alcançando 79,3 pontos. Na comparação anual, houve retração de 31,5%. 
No subíndice que analisa a perspectiva de consumo, a maior parte das famílias (54,5%) acredita que vai consumir menos nos próximos três meses, atingindo 68,5 pontos, seu maior nível desde maio de 2020 (75,6 pontos). O percentual mostrou leve recuperação, ficando abaixo dos 54,9% no mês anterior, mas acima dos 35% observados em março de 2020. Com relação ao item que avalia perspectiva profissional, houve variação positiva de 0,9% em março de 2021, após queda no mês anterior, atingindo 89,8 pontos. A comparação com igual mês do ano anterior, no entanto, foi negativa (-18%). 

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