Consumo

Texto: Redação Revista Anamaco                                 

De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,3% em setembro, descontados os efeitos sazonais. Essa redução também foi observada na análise anual, com taxas desacelerando desde maio. Apesar de ainda ter apresentado crescimento (+0,5%), foi a menor taxa desde junho de 2021. Mesmo com os recuos, o indicador alcançou 103,1 pontos, acima do nível de satisfação e o maior patamar desde março deste ano, quando alcançou 104,1 pontos.
O estudo indica que, em setembro, a percepção dos consumidores em relação ao seu emprego atual foi o único item positivo na comparação mensal, mostrando que o saldo positivo do mercado de trabalho vem animando os consumidores, apesar da desaceleração dos últimos meses.
No mês, o Emprego Atual - ICF (+0,4%) continuou avançando. No entanto, apesar desse otimismo no momento atual, a Perspectiva Profissional recuou 0,4%, revelando uma cautela dos trabalhadores com seu futuro. Na comparação anual, o Emprego Atual - ICF também evoluiu; assim como a Perspectiva Profissional também recuou e obteve a taxa mais negativa nessa comparação (-4,3%), confirmando que, mesmo com a percepção mais favorável em relação ao momento atual, a redução na intenção de novas contratações leva os consumidores a continuarem cautelosos em relação à evolução do mercado de trabalho.
O maior destaque negativo na análise mensal foi o indicador Acesso ao Crédito - ICF, com queda de 1,3%. Com a maior pressão exercida pela inflação e incerteza em relação ao caminho fiscal, alguns analistas já consideram a possibilidade de novos aumentos na Selic. Esse movimento já está sendo absorvido pelo mercado, com o mercado de crédito se tornando mais seletivo. Com isso, o Momento para Compra de Duráveis recuou 1,0%.
O estudo mostra que a sensação de um momento atual mais favorável no emprego não foi suficiente para incentivar as compras, com o Consumo Atual - ICF tendo queda mensal pela quarta vez (-0,4%). Além disso, com maior precaução em relação ao emprego futuro, a Perspectiva de Consumo (-0,8%) apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo, fato também observado na variação anual.
A intenção de consumir em setembro reduziu em ambas as faixas de renda analisadas, com retração de 0,2% da percepção das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, enquanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos tiveram queda de 0,8%.

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