Intenção de consumo das famílias tem queda em julho, apura pesquisa da CNC
Texto: Redação Revista Anamaco
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 85,1 pontos em julho, registrando queda de 1,8% em relação ao mês passado. Já na comparação anual, houve alta de 10,2%.
De acordo com o levantamento, um terço das famílias disse sentir-se mais segura no emprego atual, enquanto 29,7% relataram que as condições no emprego apresentaram-se iguais às do ano passado. Esse subíndice registrou 112,9 pontos, com queda de 0,4% sobre o mês anterior e aumento de 5,0% na comparação anual.
Em relação às perspectivas de mercado de trabalho, o indicador recuou 2,3% na comparação com junho, mas ficou 5,8% maior em relação a igual período de 2017. Desde abril do ano passado, é a sexta vez que o indicador fica acima da zona de indiferença, alcançando 101,1 pontos.
O subíndice Nível de Consumo Atual apresentou queda de 0,6% na comparação com junho, porém registrou aumento de 17,0% em relação a julho de 2017. Já o componente Momento para Duráveis desacelerou 3,9% no comparativo mensal e registrou alta de 13% em relação ao ano passado. O estudo aponta que o subíndice segue abaixo da zona de indiferença, com 58,4 pontos.
O levantamento da CNC mostra ainda que o subíndice Renda Atual alcançou 99,0 pontos, e o componente Acesso ao Crédito teve queda de 1,2% na comparação mensal e aumento de 11,6% em relação a julho de 2017. Apesar da melhora de todos os subíndices em relação ao ano passado, 52,7% das famílias entrevistadas declararam estar com o nível de consumo menor do que em 2017.
Cálculos da CNC mostram que os dez segmentos que compõem o varejo ampliado tiveram uma perda de R$ 7,4 bilhões no mês de maio, em decorrência dos 11 dias de greve dos caminhoneiros. Embora as significativas quedas provocadas pelas paralisações estejam restritas ao terceiro bimestre de 2018, dificilmente o ritmo de vendas verificado nos cinco primeiros meses do ano se manterá no segundo semestre. Diante desse resultado, a entidade revisou a sua expectativa de avanço do varejo ampliado em 2018 de 5,0% para 4,8%.
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