Intenção de consumo estável
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ficou estável em novembro, em 104,9 pontos, descontados os efeitos sazonais, após aumento de 0,3% em outubro.
O estudo indica que as famílias se mantiveram desconfiadas em relação à continuação do avanço no mercado de trabalho, uma vez que o nível de emprego está avançando, mas com remunerações menores. Dessa forma, os sub indicadores relacionados à perspectiva profissional (- 0,5%) e de consumo (-0,9%), foram os únicos com queda mensal. A perspectiva profissional já apresentava taxas negativas desde agosto; no entanto, este foi o primeiro mês em que a perspectiva de consumo acompanhou a retração.
O destaque, no mês, foi a percepção em relação ao acesso ao crédito (+0,4%) pois, mesmo o índice permanecendo em 95,1 - abaixo dos 100 pontos -, atingiu o maior patamar desde abril de 2020. Na análise da entidade, o efeito positivo da queda dos juros sobressaiu ao impacto negativo da redução do mercado de crédito, preocupado em manter a inadimplência sob controle. As concessões de crédito para pessoas físicas já começaram a mostrar queda em relação ao volume do ano passado, assim como o saldo da carteira de crédito vem desacelerando. Do total de consumidores, 30,1% consideraram que está mais fácil comprar via crédito em novembro, e 35,0% perceberam maior dificuldade nesse processo.
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