Intenção de consumo recua 1,3% em abril após seis meses de crescimento
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 86,9 pontos em abril de 2018, registrando queda de 1,3% em relação ao mês passado. É a primeira vez desde setembro de 2017 que ocorre variação negativa no índice. Já na comparação anual, houve alta de 11,7%. O recuo foi influenciado por alguns subitens como o momento para aquisição de duráveis e pela percepção das famílias quanto à perspectiva profissional.
O componente Emprego Atual registrou 112,9 pontos e queda de 0,5% em relação ao mês passado. Já o percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual reduziu 0,2 ponto percentual, passando de 33,6% em março para 33,4% em abril. Também houve queda em relação às perspectivas de mercado de trabalho. O indicador reduziu 2,1% na comparação com março, mas se manteve 2,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Desde abril de 2017, é a terceira vez que o indicador fica acima da zona de indiferença, alcançando 103,4 pontos.
Tanto na comparação mensal como na anual, o Nível de Consumo Atual registrou aumento: 0,5% em relação ao mês passado e 23,7% sobre abril de 2017. Já o componente Momento para Duráveis apresentou queda de 6,2% no comparativo mensal, mas em relação ao ano passado a alta registrada foi de 24,0%. O estudo aponta que o índice segue abaixo da zona de indiferença, com 63,0 pontos.
O levantamento mostra, ainda, que o subíndice Renda Atual alcançou 99,1 pontos e o componente Acesso ao Crédito teve queda de 0,5% na comparação mensal. Apesar da melhora de todos os subíndices em relação ao ano passado, a maior parte das famílias, 52,8%, declarou estar com o nível de consumo menor do que em 2017.