Cenário Econômico

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou alta de 1,3% em fevereiro descontados os efeitos sazonais, e atingiu o maior nível (95,7 pontos) desde antes da pandemia (março de 2020). O levantamento revela que a perspectiva de consumo destacou-se com o maior crescimento em fevereiro (+3,5%), indicando que os consumidores em geral esperam condições de consumo melhores nos próximos meses do que eles encontram hoje.
O estudo revela que para 35% dos consumidores a renda hoje está melhor do que em fevereiro de 2022, quando apenas 21,7% das famílias faziam uma avaliação positiva.
Assim como em janeiro, a maior intenção de consumo em fevereiro vem das famílias de menor renda. O índice desse grupo ainda está abaixo dos 100 pontos, na zona negativa (93,1 pontos), mas o nível é o maior desde março de 2020, antes da pandemia de Covid-19. Esses consumidores acreditam que as condições de consumo vão melhorar nos próximos meses. Por outro lado, pela primeira vez desde janeiro de 2022, o indicador de acesso ao crédito caiu (-0,5%, 85,5 pontos). De acordo com a entidade, a alta dos juros e o avanço da inadimplência encarecem e reduzem a oferta de recursos pelas instituições financeiras.
Os consumidores com maior renda, por outro lado, estão mais cautelosos: a intenção de consumo manteve-se estável entre janeiro e fevereiro. Eles estão menos satisfeitos com o emprego e com o nível de consumo atual, pois estão pagando mais caro pelos serviços em geral. Além disso, também estão descontentes com a perspectiva profissional e com o acesso ao crédito, que está mais caro e seleto também para esses consumidores.

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