Pesquisa

Texto: Redação Revista Anamaco

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 82,1 pontos em agosto, o maior nível desde abril de 2020 (95,6 pontos) e acima dos resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores. O indicador avançou 1,1%, mantendo a tendência de alta iniciada em janeiro deste ano.
O estudo revela que o resultado foi, fortemente, baseado no consumo das famílias com rendimento acima de 10 salários mínimos. Para esse grupo, a intenção de consumo avançou 3,3%, enquanto para o grupo de menor renda, o ICF apresentou variação de 0,4%.
No mês, o destaque foi o Nível de Consumo Atual, com crescimento de 2,8%, o maior dos últimos seis meses. Esse item foi o que obteve o maior crescimento em ambas as categorias de renda. Nesse quesito, as famílias consideradas com maior poder aquisitivo apresentaram avanço de quase três pontos percentuais acima do avanço daquelas com menor rendimento.
As famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos também se mostraram satisfeitas com o Acesso ao Crédito em agosto, com indicador acima dos 100 pontos, o que não acontecia desde março. A pesquisa indica que, apesar do aumento do auxílio à renda para as famílias de menor poder aquisitivo, esses consumidores estão cautelosos, principalmente pela inflação em nível ainda elevado, alto endividamento e custo do crédito crescente.
De acordo com o estudo, a maior parte dos consumidores revelou segurança no Emprego Atual (33,3%), o que não ocorria desde abril de 2020. Mesmo com essa melhora da percepção do Emprego atual, a Perspectiva Profissional recuou 0,3%, retirando parte do efeito positivo de julho (0,5%).
Enquanto para o grupo com rendimentos abaixo de 10 salários mínimos a perspectiva profissional caiu (-1,0%), os consumidores com renda acima desse nível estão mais otimistas em relação ao emprego nos próximos meses (+2,0%).
Outro dado apurado pela pesquisa mostra que, apesar das incertezas econômicas, as famílias com menor renda revelaram melhora de sua perspectiva para consumir no próximo trimestre, +0,5% em agosto, após queda de 0,1% em julho. Ao considerar todos os respondentes, o item também progrediu, acelerando 0,8% no mês, contra +0,2% apurado no mês anterior.

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