Intenção maior de investir
Texto: Redação Revista Anamaco
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) acaba de divulgar o resultado da Pesquisa de Intenção de Investimento em 2024, realizada com 403 empresas industriais, que revela uma melhora na intenção de investir das empresas: 57% pretendem investir este ano, mais do que as 43% que pretendiam investir em 2023. Além disso, as companhias devem ampliar o investimento em relação ao faturamento, de 4,4% em 2023 para 5,1% em 2024.
A pesquisa indica, ainda, que, em todos os portes, a proporção de empresas que pretendem investir em 2024 é maior do que em 2023: 78% das grandes, 60% das médias e 43% das pequenas. No mesmo sentido, todas pretendem ampliar o investimento em relação ao faturamento, sendo que o aumento do investimento total em relação ao faturamento decorre principalmente do crescimento do investimento em máquinas, equipamentos e instalações.
Outro dado apurado no estudo indica que os recursos dos investimentos serão provenientes, prioritariamente, de fontes próprias. Há, contudo, expectativa de reduzir a parcela de recursos próprios e praticamente triplicar a parcela dos investimentos com recursos provenientes de linhas com recursos públicos, como BNDES, em máquinas e equipamentos, inovação e P&D.
De acordo com os entrevistados, as principais necessidades de investimento das pequenas e médias empresas são a substituição de máquinas e equipamentos obsoletos, seguida por inovação em processos e reformas nas instalações, em sintonia com seu principal objetivo do investimento que é o aumento da produtividade.
Já entre as grandes predomina a estratégia de expansão de mercado, corroborada pelas principais necessidades apontadas por elas de aumentar a planta industrial, inovar em processos e adquirir máquinas e equipamentos para ampliação da capacidade.
Embora com intenção de investir, as empresas apontam a elevada carga tributária e a baixa taxa de crescimento da economia como os principais limitantes ao investimento. Para as pequenas empresas, porém, a dificuldade de acesso a linhas do BNDES pelo sistema bancário é tão relevante quanto a carga tributária.
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