Intervenção artística "Palavras que Salvam" tem apoio das Tintas Coral - Revista Anamaco

Ação social

Intervenção artística "Palavras que Salvam" tem apoio das Tintas Coral

Texto: Redação Revista Anamaco

Desde 22 de setembro, quando é celebrado o Dia do Rio Tietê, o artista Eduardo Srur trabalha em suas margens de concreto, na criação de uma obra monumental, que ficará, permanentemente, exposta na cidade. A intervenção Palavras que Salvam consiste na pintura de duas serpentes coloridas, feitas em grande escala, que possuem em seu interior palavras em língua portuguesa e em tupi-guarani. Ocupando mais de 5 mil m², a obra pode ser vista nos dois sentidos da marginal do rio Tietê, próximo à ponte dos Remédios, na cidade de São Paulo. Com quase 4,5 mil visualizações, a arte também está no Google Street View, que disponibiliza um passeio virtual dentro de um barco nesse trecho urbano do rio.
A ideia nasceu durante a pandemia, quando o artista voltou a pintar e encontrou inspiração na arte indígena para criar uma mensagem otimista para a sociedade em tempos difíceis de Covid-19. “O projeto começou com a palavra ‘Tietê’, que tem origem na língua dos povos originários do Brasil e quer dizer ‘rio verdadeiro’. Nesse sentido, escolhi palavras que tivessem significado para minha sobrevivência na cidade durante a pandemia. Água, vida, arte e oka (que denomina ‘casa’), escritas no corpo das serpentes, revelam um conceito de sabedoria, de consciência ancestral, de renovação e saúde”, explica Sur, idealizador do projeto.
O trabalho também está ligado às mudanças climáticas. “As serpentes estão pintadas nas duas margens do rio, de frente uma para a outra, em direções opostas. De um lado, a serpente azul representa a força da água. Do outro, a serpente vermelha representa o poder do fogo. Sabemos que o Tietê que vemos hoje na cidade é apenas um triste simulacro de um rio verdadeiro, e a nossa “oka” - que é o planeta Terra - mostra sinais alarmantes do aquecimento global: inundações, incêndios e secas são acontecimentos cada vez mais recorrentes no Brasil e no mundo. A humanidade precisa, urgentemente, se reconectar com a natureza e com o sagrado. E a arte é um caminho possível”, comenta o artista. O projeto está alinhado ao Tudo de Cor, iniciativa sociocultural sustentável da Tintas Coral que acredita no poder da cor e busca levar transformação e cidadania para milhares de patrimônios culturais e espaços relevantes para comunidades em todo o Brasil, a partir de ações de pintura e restauração. Em mais de 10 anos de história, entregou cerca de dois mil projetos, com mais de 19 mil imóveis renovados, 5,6 mil pintores formados e 1,4 milhão de litros de tintas utilizados. “Estamos muito contentes em ver esse projeto sair do papel e termos a oportunidade de contribuir com a conscientização ambiental em nossa sociedade. Essa arte desperta várias leituras e é também um convite à reflexão sobre a vital importância dos recursos hídricos e a necessidade de cuidarmos da natureza”, afirma Elaine Poço, diretora de Pesquisa & Desenvolvimento e Sustentabilidade da AkzoNobel para a América Latina.
O projeto foi contemplado no Programa de Ação Cultural (ProAC Direto), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e tem o apoio da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e das Tintas Coral, por meio do Movimento Tudo de Cor, na realização.

Foto: Divulgação

Intervenção artística
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