Isolamento social contribui para queda de mortes por acidentes elétricos
Texto: Redação Revista Anamaco
Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Conscientização para Perigos da Eletricidade (Abracopel) mostra que o País registrou, nos primeiros seis meses do ano, uma redução no número de mortes por choques, descargas ou incêndios elétricos. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de, praticamente, 8%. Também diminuiu o número de total de ocorrências (incluindo as não fatais).
De acordo com a entidade, no total de 741 ocorrências com eletricidade registradas no Brasil, entre janeiro e junho, houve 398 mortes. No primeiro semestre de 2019, foram mais ocorrências (826) e um número maior de vítimas que não resistiram: 434. As ocorrências incluem choques elétricos, incêndios por sobrecarga e descargas elétricas.
O estudo abrange as ocorrências nas redes aéreas e nas moradias. Em uma e outra, no primeiro semestre deste ano, houve redução em relação ao mesmo período de 2019 - tanto no total de ocorrências, como no número de vítimas fatais.
Por região, o Nordeste continua sendo o que apresenta os maiores números de choques. A Bahia destaca-se, negativamente, no ranking de mortes por choque elétrico por Estado brasileiro. Em 2019, a Bahia foi campeã, com São Paulo aparecendo na vice-liderança, porém nos seis primeiros meses de 2020, o Estado paulista caiu para o quarto lugar e o Rio Grande do Sul subiu para a vice-liderança.
Na avaliação de Fábio Amaral, engenheiro eletricista e sócio-diretor da Engerey, com mais tempo em casa, as pessoas estão mais atentas a eventuais falhas e defeitos e se deparam com esses problemas antes que se tornem algo mais grave. “As pessoas estão usando mais produtos que exigem energia elétrica, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos ou carregando celulares. Porém, se algo acontece, elas percebem imediatamente e podem corrigir antes que a falha se torne foco de sobretensão”, explica ele.
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