Termômetro Anamaco

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar os resultados do Termômetro Anamaco de maio.
De acordo com o estudo, realizado com exclusividade pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), no período, as vendas do varejo de material de construção registraram melhora em relação a abril: as indicações de alta no mês corrente subiram de 21% para 24%.
No sentido inverso, os varejistas que apontaram queda nas vendas passaram de 31% para 26%. Com o resultado, o indicador Anamaco de vendas correntes voltou a subir, passando de 90 pontos em abril para 98 pontos em maio. Ainda assim, o indicador ficou abaixo do nível de neutralidade de 100 pontos, sugerindo leve pessimismo.
Quando a pesquisa considera o varejo por especialidade, a melhora mais acentuada na ocorreu nas lojas de material elétrico, onde as assinalações de alta passaram de 15% para 36%, seguidas pelas de material hidráulico (de 16% para 26%).
Na análise das entidades, vistos em conjunto, esses resultados mostram que o pessimismo revelado na edição anterior do Termômetro pode ter sido exagerado e, por isso, foi parcialmente corrigido na edição de maio. No entanto, os indicadores se encontram  abaixo dos níveis registrados em igual mês de 2021. E isso se deve, provavelmente, ao efeito da inflação sobre a renda das famílias e que também tem pressionado os preços de diversos itens de material de construção.
O levantamento mostra, ainda, que, em termos regionais, as assinalações de crescimento se elevaram em todo o País, exceto no Norte, onde passaram de 28% para 23% entre abril e maio. A Região com a maior parcela de assinalações positivas no mês corrente foi o Centro-Oeste (39%), seguida pelo Nordeste (31%). Os menores níveis de indicações de alta foram observados no Sul (19%) e no Sudeste (21%).
Outro dado apurado pela pesquisa mostra que a melhora na percepção dos varejistas do setor também foi sentida no indicador de expectativas de vendas para os próximos três meses. Entre abril e maio, as respostas otimistas subiram de 49% para 50%. Com esse resultado o indicador de vendas futuras voltou a subir, chegando em maio a 143 pontos contra 138 em abril. O indicador se situa acima do nível de neutralidade (100 pontos) sugerindo a manutenção do otimismo dos varejistas sobre as vendas futuras apesar do desempenho relativamente fraco dos meses recentes.
Na análise por Região, Norte (64%), Centro-Oeste (59%) e Nordeste (58%) registraram maior otimismo com relação às vendas nos próximos três meses. As menos otimistas foram Sul (43%) e Sudeste (47%).
O estudo mostra, ainda, que, em linha com o sentimento relativo às vendas, correntes e futuras, as expectativas dos revendedores de material de construção quanto às ações do governo nos próximos doze meses também melhoraram em maio. No mês, 52% dos entrevistados estavam otimistas contra 45% em abril.

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