Sustentabilidade

Texto: Redação Revista Anamaco

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP), produzida este ano junto à base industrial, revelou que 85% das indústrias no Brasil desenvolvem pelo menos uma prática de economia circular, sistema em que o modo de produção é redesenhado para permitir um fluxo circular dos recursos, minimizar os resíduos e contribuir para o desenvolvimento sustentável. “A transição para a economia circular não é apenas uma aspiração, mas uma realidade em constante evolução na indústria, que tem demonstrado um compromisso crescente com a adoção de práticas circulares”, afirma Ricardo Alban, presidente da CNI.
De acordo com o levantamento, ao implementar práticas circulares, 68% dos empresários afirmaram que as medidas contribuem para a redução de gases de efeito estufa e, consequentemente, para o combate às mudanças climáticas.
Para Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI, as práticas contribuem para uma transição para a economia de baixo carbono. "É menos emissão de gases de efeito estufa, menor extração de novos recursos, melhor uso de energia. Então, as empresas reduzem a pegada de carbono da atividade industrial e evitam agravar outras questões, como a redução da vida útil dos aterros", avalia Muniz.
Considerando o comprometimento da indústria no desenvolvimento da economia circular, a pesquisa mapeou as práticas mais avançadas. O estudo aponta que essas são as práticas mais usadas pela indústria: 50% têm programa de sustentabilidade e práticas que melhoram efetividade com ganhos ambientais, 42% criam produtos que podem ser recuperados, 42% substituem material virgem por material reciclado, 40% fazem reuso de efluentes tratados na produção, 31% fazem reciclagem e 26% praticam a logística reversa. “A indústria é um ator-chave na transição para uma economia circular e pode contribuir ainda mais. Temos promovido uma gestão mais eficiente dos recursos e a valorização dos produtos desde a criação até o fim do ciclo de vida”, pontua Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI. 
O estudo ouviu 253 indústrias de transformação e construção entre os dias 17 de maio e 30 de julho de 2024.

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