Mais confiantes
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV), elevou-se em 0,2% entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, ao passar de 113,4 para 113,6 pontos, o maior nível desde julho de 2008 (113,7 pontos), considerando-se dados com ajuste sazonal.
Com o resultado, o ICI registra a décima segunda alta consecutiva, sinalizando manutenção do aquecimento do mercado interno, com alguma acomodação da produção em janeiro e otimismo em relação ao ambiente de negócios durante o primeiro semestre do ano.
Em janeiro, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,6%, ao passar de 111,9 para 112,6 pontos, o maior nível desde agosto de 2008 (116,0 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,3%, mantendo-se, contudo, em patamar elevado: 114,5 pontos é o segundo maior índice da série histórica, abaixo somente de dezembro passado (114,9).
Entre os quesitos integrantes do Índice de Confiança relacionados ao momento atual, destaca-se a avaliação feita a respeito do nível da demanda (influenciada pelo mercado interno): a proporção de empresas que avaliam o nível de demanda atual como forte cresceu de 19,7% em dezembro de 2009 para 21,5% em janeiro de 2010, enquanto a parcela das que o consideram como fraco diminuiu de 9,6% para 7,2%.
As expectativas dos empresários industriais são animadoras em relação à evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses. O indicador de 162,2 pontos para este quesito é o maior da série iniciada em abril de 1995. Das 1.141 empresas consultadas, 66,6% esperam melhora da situação dos negócios no semestre janeiro-junho e 4,4%, piora. Em dezembro, estes percentuais haviam sido de 61,8% e 2,6%, respectivamente.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou estável em relação a dezembro passado, após oito meses de contínua elevação. O nível dos dois últimos meses, de 83,8%, é o maior registrado desde outubro de 2008 (85,1%), situando-se um pouco acima da média desde 2003, de 83,0%, mas abaixo da média do biênio 2007-2008, de 85,1%.