Matcon encerra o ano confiante - Revista Anamaco

Termômetro Anamaco

Matcon encerra o ano confiante

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar os resultados do Termômetro Anamaco de dezembro. De acordo com os dados analisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a percepção dos varejistas de material de construção apresentou ligeira melhora no último mês de 2023, apesar de ser, historicamente, um período relativamente fraco para o setor.
O estudo aponta que as assinalações de alta nas vendas correntes melhoraram pelo terceiro mês consecutivo, passando de 33% em novembro para 38% em dezembro. Na mesma base de comparação, as percepções de queda oscilaram pouco, passando de 22% para 23%. Na comparação interanual houve melhora significativa. Em dezembro de 2022, as avaliações otimistas sobre as vendas correntes foram de apenas 22%, enquanto as pessimistas representaram cerca de 34%.
Melhora semelhante foi observada nas expectativas de vendas para os próximos três meses. Entre novembro e dezembro, a parcela de varejistas que revelou otimismo passou de 40% para 45%. Há um ano, esse indicador havia sido de 41%. Apesar de típico da virada do ano, o nível de otimismo dos revendedores de matcon com as vendas no início de 2024 está acima do esperado. A diferença entre assinalações otimistas e pessimistas chegou a 33 pontos percentuais, um recorde da série histórica iniciada em 2020 para o mês de dezembro.
No recorte por regiões, o levantamento aponta para resultados variados. As assinalações de alta nas vendas correntes em dezembro avançaram em duas áreas, passando de 31% para 43% no Sul e de 31% para 38% no Sudeste, permaneceram estáveis no Norte (30%), mas recuaram no Nordeste (de 42% para 41%) e no Centro-Oeste (de 35% para 29%). As percepções de estabilidade nas vendas correntes foram predominantes em todas as regiões, exceto no Nordeste, onde predominaram as assinalações de alta.
Quanto às expectativas para os próximos três meses, as assinalações otimistas foram predominantes em todas as regiões, exceto no Sul, onde as expectativas de estabilidade superaram as de alta. As perspectivas de queda se revelaram baixas, nunca superiores a 14% das respostas no conjunto das regiões.
Com a melhora registrada em dezembro, o indicador relativo ao mês atual manteve-se acima do nível de neutralidade (100), passando de 111 para 115 pontos, acima do registrado em igual mês de 2022 (88 pontos).
Influenciada pelas altas dos meses recentes, a média móvel trimestral voltou a superar o nível de neutralidade, tendo passado de 98,6 pontos para 107,3 pontos entre novembro e dezembro. Por sua vez, o indicador de expectativas registrou alta, saltando de 120 pontos em novembro para 133 pontos em dezembro.
Na comparação sobre dezembro de 2022 houve melhora. Naquele mês, o indicador de expectativas havia sido de 119 pontos. Frente ao mês anterior, a média móvel de dezembro ainda continuou em queda por conta da trajetória dos meses anteriores, passando de 139,2 pontos para 132 pontos.
No recorte por especialidade das lojas, a pesquisa registra melhora geral da percepção sobre as vendas correntes frente ao mês anterior, exceto no caso das lojas especializadas em material de pintura (queda de três pontos percentuais nas assinalações de alta nas vendas).
Em dezembro, as assinalações otimistas foram iguais ou superiores a 40% no caso do comércio especializado em material básico, elétrico e até mesmo pintura. O segmento relativamente mais pessimista foi o de revestimento cerâmico, com 28% de assinalações de queda em dezembro.
Considerando as lojas pelo porte (número de funcionários), as mais otimistas em dezembro foram as pequenas (até quatro colaboradores), cujas assinalações de crescimento nas vendas correntes chegaram a 51%.
Quando perguntados sobre o que esperam das ações do governo para os próximos 12 meses, os revendedores se mostraram mais confiantes em comparação aos meses recentes. As assinalações otimistas passaram de 36% em novembro para 43% em dezembro. Essa melhora se deu juntamente com a queda das perspectivas pessimistas, que recuaram de 32% para 24% no mesmo período.

Foto: Adobe Stock

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