Termômetro Anamaco

Texto: Redação Revista Anamaco 

O Termômetro Anamaco, indicador da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e analisado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), revelou algumas oscilações em janeiro frente ao mês anterior, com ligeira piora da percepção do varejo do setor, mas ainda dentro do esperado para o primeiro mês do ano, quando as vendas costumam ser mais fracas.
Em âmbito nacional, a parcela de revendedores que indicaram crescimento nas vendas no mês corrente passou de 22% para 21% na comparação com dezembro de 2022, enquanto as indicações de queda passaram de 34% para 39% no mesmo período. Sobre janeiro do ano passado, as indicações de alta eram de 15% do total de respostas e as de queda de 49%.
O indicador de vendas do mês corrente também voltou a cair, passando de 88 em dezembro para 82 pontos em janeiro, o que manteve o índice no campo do pessimismo (abaixo de 100). Já na comparação com igual mês de 2022 houve melhora, uma vez que, naquele mês, o indicador foi de 66 pontos.
No recorte regional, houve piora na percepção de alta no Sul e no Norte em comparação ao mês anterior. Nas demais regiões, as assinalações otimistas permaneceram muito estáveis, com variações não superiores a 2 pontos percentuais. As assinalações de queda, entretanto, avançaram em todas as regiões, exceto no Centro-Oeste.
Na avaliação por especialidade das lojas, a percepção de queda nas vendas foi mais intensa nas lojas de material básico: 47% de assinalações negativas com avanço de sete pontos percentuais frente a dezembro. Dentre os segmentos relativamente mais otimistas, as assinalações de alta no mês de janeiro não passaram de 31% - lojas especializadas em material hidráulico e pintura.
Considerando as lojas pelo número de funcionários, o levantamento mostrou relativo otimismo nos home centers (mais de 99 colaboradores), com assinalações de alta nas vendas em janeiro frente ao mês anterior de 37%,  e de queda de 12%. Entre revendedores com até nove funcionários, os resultados foram de 21% e 42%, respectivamente.
Quanto às expectativas para os próximos três meses, as assinalações otimistas que, em nível nacional, passaram de 41% em dezembro para 48% em janeiro. Já as assinalações pessimistas caíram de 22% para 15% no mesmo período. As melhores perspectivas foram observadas no Centro-Oeste, com 66% de assinalações otimistas.
Com esses resultados, o indicador de expectativas voltou a subir de 119 para 133 pontos no período, inferior ao 143 pontos atingidos há um ano. Quanto às ações do governo esperadas para os próximos doze meses, houve equilíbrio entre as expectativas otimistas e pessimistas, ambas na marca dos 34%. Na comparação com dezembro, houve ligeira queda nas assinalações otimistas – foram de 36% - e ligeira alta nas pessimistas – eram de 30%.

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