Matcon só por drive-thru e delivery
Texto: RedaçãoRevista Anamaco
Com o agravamento da pandemia e o aumento da sobrecarga na rede de saúde da cidade, Curitiba (PR) entra, pela segunda vez ao longo desta crise sanitária, na bandeira vermelha, a mais restritiva da escala de controle da Covid-19 no município. As novas medidas, que entraram em vigor em 29 de maio e valem até o dia 09 de junho, foram definidas pelo Comitê de Técnica e Ética Médica e estão contempladas no Decreto Municipal 940.
Dessa forma, as lojas de material de construção não estão com atendimento presencial. Com funcionamento permitido entre 9h e 19h, todos os dias da semana, os clientes têm como opção o drive-thru e o delivery.
A decisão tem por objetivo diminuir a circulação de pessoas na cidade e, assim, reduzir a disseminação do vírus entre a população. Todas as atividades permitidas devem respeitar os protocolos de prevenção ao coronavírus, com uso de máscara, distanciamento mínimo de 1,5m e uso de álcool em gel.
Para ampliar a eficácia das medidas restritivas, a Prefeitura solicitou, durante reunião virtual entre o vice-prefeito, Eduardo Pimentel, e os prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que as cidades adotem as mesmas regras do Decreto Municipal 940.
Posicionamento das entidades
Diante do anúncio das novas medidas, a Associação de Comerciantes de Material de Construção de Curitiba, Região e Litoral (Acomac Curitiba) e o Sindicato Interestadual do Comércio de Materiais de Construção (Simaco Paraná) elaboraram uma carta em que repudiam o lockdown imposto pela Prefeitura de Curitiba.
No documento, as entidades destacam que, apesar de insistentes tentativas por vias administrativas, enviando ofícios para a Secretária de Saúde, Prefeitura de Curitiba e Prefeitos da RMC, através da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec), colocando-se à disposição para dialogar e para colaborar com medidas inteligentes e cabíveis, ainda assim, foi decretada bandeira vermelha até 09 de junho.
A carta destaca que as entidades estão aguardando se haverá decretos para a Região Metropolitana, pois entendem que de nada adianta o fechamento do comércio na capital, mantendo-o aberto na RMC onde é constatado o aumento da aglomeração.
Os representantes da Acomac e do Simaco destacam que entendem a gravidade do momento, mas defendem que toda a atividade que gera emprego e renda para o trabalhador é essencial para o sustento das famílias e reforçam que as autoridades erram em não investir recursos na fiscalização de festas e atividades que proporcionam a aglomeração de pessoas.
Aglomerações essas que, segundo as entidades, não acontecem no comércio, que mantém ambientes controlados, adotando os mais rígidos protocolos sanitários para a segurança dos consumidores e de seus colaboradores.
No documento, as entidades frisam que não negam a gravidade da pandemia, mas pedem diálogo e respeito. Na avaliação da Acomac e do Simaco, a adoção de lockdown é uma arbitrariedade que só agrava a crise econômica levando ao desemprego, à fome e à miséria.
Confira, abaixo, o Decreto Municipal 940 e a Carta da Acomac Curitiba e do Simaco Paraná
Foto: Luiz Costa/SMCS