Economia

O percentual de famílias que relataram ter alguma dívida (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo, prestação de carro ou seguro) alcançou 63% em junho, recuando em relação aos 64,3% observados em maio. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar da queda na comparação mensal, o número de endividados foi superior aos 57,3% observados em junho de 2012. Já o percentual de famílias com contas em atraso recuou tanto em relação ao mês anterior como na comparação com o mesmo período do ano passado. Os inadimplentes alcançaram 20,3% em junho ante 21,6% em maio e 23,2% em relação a junho de 2012.
Neste mês de junho, o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso recuou 0,3% em relação a maio, e a mesma variação em comparação com junho do ano passado.
Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, apesar do recuo do percentual de famílias endividadas, o indicador encerrou o segundo trimestre do ano em patamar mais elevado que o observado no trimestre anterior e em igual período de 2012. Essa queda reflete uma moderação das famílias tanto em relação à contratação de novos empréstimos e financiamentos quanto em relação ao consumo.
A proporção das famílias que se declararam "muito endividadas" aumentou neste mês de junho, alcançando 12,7%, superando junho de 2012 (12,4%) e acusando a primeira alta anual desde janeiro. Para a economista da entidade, apesar da elevação do percentual de famílias que têm percepção de endividamento elevado, esse indicador permaneceu em patamares baixos, quando comparado à série histórica iniciada em 2010.