Sob controle

O nível de emprego atual, com 94% dos paulistanos empregados, está favorecendo o pagamento das dívidas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), a porcentagem de paulistanos endividados caiu de 53,8% em fevereiro para 52,8 em março.
Em números absolutos, somente na capital paulista, o total de endividados recuou para 1,89 milhão de famílias. Segundo a assessoria técnica da entidade, a confiança do consumidor paulista nas bases da economia, aliada ao bom nível de ocupação, contribuiu para a redução da população endividada.
Em contrapartida, houve uma parte da população que não segurou os gastos e, por isso, deverá atrasar parte de seus pagamentos. Com isso, a pesquisa registrou um aumento considerável do total de famílias com contas em atraso. Em fevereiro, elas eram 15,3% do total e agora são 17,2%. O número, no entanto, permanece baixo na comparação com o histórico da pesquisa.
Do mesmo modo, o total de famílias inadimplentes, ou seja, aquelas que não terão condição de pagar total ou parcialmente suas dívidas tiveram um incremento em março e 6,4% das famílias encontram-se nesta situação.
O principal meio utilizado para contrair essas dívidas continua sendo o cartão de crédito para 69,8% dos paulistanos, seguido dos carnês (25,7%) e do crédito pessoal, utilizado por 13,9% dos paulistanos neste mês.
A PEIC é apurada, mensalmente, pela Fecomercio desde fevereiro de 2004. Em 2010, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) comprou a pesquisa da entidade, e passou a analisar os dados nacionalmente. A Federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Os dados são coletados junto a cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo.