Montana Química anuncia a criação da Soma, sua nova unidade de negócios - Revista Anama

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Montana Química anuncia a criação da Soma, sua nova unidade de negócios

Texto: Redação Revista Anamaco

Com o objetivo de desenvolver e comercializar material avançado, a Montana Química anuncia a criação de uma nova unidade de negócios, a Soma. O grafeno, reconhecido por ser bastante estável em altas temperaturas, leve, flexível e resistente, será o primeiro foco das pesquisas. Com suas propriedades físicas únicas, ele é indicado para uma ampla gama de aplicações tecnológicas, inclusive na construção civil
Andreas Von Salis, diretor superintendente da Montana Química, afirma que a unidade é uma oportunidade para explorar novos mercados. "O grafeno representa um grande potencial de inovação e queremos estar na vanguarda deste desenvolvimento. Estamos investindo, fortemente, em pesquisa para garantir que possamos atender às necessidades tecnológicas do futuro”, afirma Salis. 
Atualmente, a multinacional conta com duas unidades de negócios: a industrial, que abrange a linha de preservação e produtos de alto desempenho para a indústria moveleira, e a unidade de varejo, responsável pela linha de acabamentos e complementos. A Soma chega para ser a terceira unidade. “Continuaremos firmes com nossas unidades industrial e de varejo, que crescem a cada ano e são responsáveis por introduzir algumas das tecnologias mais importantes do mercado brasileiro de tintas. É com esse DNA da Montana, que une uma experiência de 71 anos no mercado brasileiro a uma vocação pela inovação, que anunciamos a Soma”, diz o diretor-superintendente. 
Com foco no mercado B2B (business to business), a nova unidade  pretende atender a setores que demandam material de alta performance, como a construção civil e áreas que envolvem bens de consumo, e está alinhada com a estratégia global da Montana, que tem expandido suas operações em nível internacional, especialmente na América Latina, onde já possui filiais na Colômbia e no Uruguai. 
Como parte do projeto, a Montana firmou uma parceria estratégica com a empresa britânica Versarien para impulsionar o uso de grafeno no mercado brasileiro. O acordo inicial envolve um investimento de 50 mil libras (aproximadamente R$ 350 mil), com um adicional de 25 mil libras (R$ 175 mil) previsto para o início da produção, além de royalties associados à propriedade intelectual. 
De acordo com Fernando Menegatti, doutor pela Universidade de São Paulo e químico especialista da Montana Química, embora o grafeno seja amplamente mencionado na literatura científica por seus inúmeros benefícios, seu uso no mercado ainda é limitado. “O material oferece um grande potencial, especialmente como aditivo na construção civil. Ao diminuir o volume de ar quando incorporado ao concreto, o grafeno colabora significativamente no processo de mistura, transporte, moldagem e acabamento, além de aumentar a durabilidade da estrutura”, esclarece.
Menegatti frisa que o grafeno também proporciona inércia química e condutividade elétrica a tintas e revestimentos. “No setor têxtil, devido à sua baixa densidade e alta flexibilidade, o material contribui para a leveza e resistência dos tecidos, além de aprimorar o desempenho dos lubrificantes, graças à sua excelente capacidade de dissipação térmica”, finaliza Menegatti.

Foto: Divulgação

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