Movimento menor no varejo paulistano
Texto: Redação Revista Anamaco
A movimentação no varejo paulistano fechou junho com queda de 3,2%, de acordo com dados do Balanço de Vendas, indicador elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) com base na amostra da Boa Vista. Na comparação interanual, o dado apontou alta de 61%. A explicação, de acordo com Marcel Solimeo, economista da ACSP, ainda se dá pela fraca base de comparação entre o período. “É um crescimento importante, mas, sob análise mais detalhada temos que considerar que no ano passado ainda havia restrições para o setor, impedindo o pleno funcionamento do comércio”, admite.
Solimeo explica que a expectativa para os próximos meses é de crescimento com a injeção de recursos extras como a antecipação do 13º salário aos trabalhadores, saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), auxilio dos servidores municipais e estaduais e aumento do valor do Auxílio Brasil.
Fora do contexto pandêmico, os reflexos do fechamento dos estabelecimentos comerciais ainda são sentidos. Em junho, o Balanço de Vendas registrou outra queda: 7,3% se comparado com o mesmo mês de 2019. “Nesse momento, o principal fator que prejudica a economia é a inflação em patamar alto. Com isso há perda do poder de compra das famílias e, consequentemente, menor consumo”, pontua o economista.
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