Nexans Brasil desponta em estratégia de descarbonização
Texto: Redação Revista Anamaco
A Nexans Brasil firma um compromisso com a agenda ESG, contribuindo com iniciativas robustas para um futuro Net-Zero. Fazendo parte de um Grupo francês, que espera atingir a redução total até 2050, a unidade brasileira vem contribuindo de forma sólida com os resultados para 2024, mostrando a consistência e coerência da sua forma de negócio. Como parte da estratégia de crescimento, a empresa adotou uma métrica que permite avaliar o retorno financeiro para cada tonelada de CO2 emitida.
Chamado de Return on Carbon Employed (ROC(O2)E), remetendo ao Return On Capital Employed (ROCE), que mede a lucratividade de uma empresa e a eficiência com que o capital é empregado, o indicador permite calcular a rentabilidade da empresa em relação à quantidade de suas emissões de carbono, comparando a performance ambiental com a performance econômica.
Gwénaël Gilbert, diretor presidente da Nexans Brasil, explica que de 2022 para 2023, a empresa apresentou, dentro dos parâmetros desse indicador, um crescimento de 26%, tendo reduzido, no mesmo período, as emissões de GEE em 23%. Isso significa que a Nexans Brasil conseguiu crescer financeiramente emitindo menos CO2.
Na sua avaliação, diante do contexto atual da crise climática e urgência de uma resposta rápida globalmente, a redução do impacto ambiental das atividades industriais tornou-se uma prioridade incontornável. “Isso torna-se ainda mais alarmante para o setor de energia, em que atuamos, que possui infraestruturas, incluindo os cabos, que desempenham um papel crucial na transição para uma economia mais sustentável”, destaca o executivo, acrescentando que, atualmente, a empresa atende 30% do setor de energia renovável do País e ocupa posição cada vez mais forte na eletrificação do Brasil.
Gilbert explica que essa estratégia de atuação está atrelada à metodologia de desempenho E3, aplicada a todas as unidades do Grupo Nexans. Segundo ele, por meio de um olhar holístico, voltado, simultaneamente, para os pilares de Economia, Engajamento e Meio Ambiente, a metodologia foca na maneira como os processos são impactados entre si, centralizando danos climáticos, econômicos e sociais da atuação da empresa nas tomadas de decisão do negócio. “O E3 estabelece ainda formas de mensurar as ações das três dimensões colocadas em prática e seus resultados auditáveis para que as medidas sejam cada vez mais eficientes em seus objetivos. Além do impacto na pegada de CO2, a empresa tem observado um impacto extremadamente positivo no engajamento dos colaboradores e parceiros - clientes e fornecedores”, garante.
O executivo salienta que, dentro das iniciativas do E3, a Nexans inovou e lançou, recentemente, a sua Oferta de cabos de Baixo Carbono. Considerada uma oportunidade para os clientes se engajarem na atuação sustentável da empresa, a oferta proporciona a diminuição das emissões de gases do efeito estufa dos seus projetos a partir das seguintes métricas: a redução das emissões de CO2 no consumo de matérias-primas, a otimização do transporte e o uso de fontes de energia 100% renováveis.
Compromisso com o desenvolvimento sustentável
O diretor presidente comenta que, nos últimos anos, a Nexans Brasil passou a intensificar as suas ações focadas na economia circular, usando como referência todo o conhecimento da matriz francesa, que é reconhecida mundialmente por sua atuação. Com isso, tem se destacado dentro do Grupo e no mercado como uma das vanguardistas na reciclagem do cobre, matéria-prima da maioria dos seus cabos. Atualmente, o Brasil é o primeiro no ranking interno, de um total de 42 países. Para isso, a empresa vem se mobilizando com investimentos, respaldada por mais de 30 anos de experiência na Europa. “O cobre é um recurso natural finito, que pode ser reciclado para sempre, sem nunca perder as suas características e propriedades químicas e mecânicas. Apesar desse grande potencial, o mercado, por anos, o via como um material de qualidade inferior ou oriundo de atividade ilegal", observa o executivo.
De acordo com o executivo, outra área do processo de produção da Nexans que também conta com alto índice de reciclagem é a de bobinas. Recentemente, em apenas um mês, a empresa registrou a reciclagem de 74% das suas bobinas de cabos, através do programa Rebobinando. Para que isso ocorra, a companhia faz um retrofit técnico, que garante a qualidade de uma bobina nova, mas com a madeira reaproveitada. O plástico e alumínio também já possuem homologação para reciclagem.
Além da preocupação com a qualidade do material, a empresa também promove uma auditoria externa que garante a rastreabilidade e a idoneidade dos fornecedores que trabalham as matérias-primas.
Até mesmo a frota de caminhões da empresa passou por uma seleção para verificar seus tamanhos, garantindo que cada veículo parta da fábrica com uma carga otimizada. “Esse ajuste fino da capacidade de carga contribui para a eficiência do transporte e desempenha um papel crucial na redução das emissões de carbono associadas ao transporte de cargas não otimizadas”, pontua o executivo.
Dessa forma, a empresa reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com NetZero até 2050, ao mesmo tempo que soluciona a questão do descarte correto do material após sua utilização, minimizando o impacto ambiental.
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