Número de endividados recua
Texto: Redação Revista Anamaco
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela que o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa) continuou o processo de redução em novembro pelo quinto mês consecutivo, representando 76,6% das famílias no País. Com isso, o volume de endividados chegou ao menor nível desde janeiro de 2022. No ano, a redução é de 2,3 p.p.
O estudo mostra que, do total de pessoas com dívidas, 17,8% se consideram “muito endividadas”, com primeira redução do percentual após dois meses de aumento, enquanto a maior parte (30,7%) alegou estar “pouco endividada”.
Seguindo a tendência de queda, o percentual de famílias com dívidas em atraso também recuou em novembro, tanto em relação a outubro quanto na comparação com novembro do ano passado, alcançando 29,0%, o menor nível desde junho de 2022. Já o número de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar dívidas de meses anteriores recuou, no mês, para 12,5%, mas continua superior ao nível de novembro de 2022.
Na avaliação da CNC, a queda, embora ainda pequena, traz um indício de eficácia do programa Desenrola. Do total de pessoas com dívidas, 17,8% se consideram “muito endividadas”, com primeira redução do percentual após dois meses de aumento, enquanto a maior parte (30,7%) alegou estar “pouco endividada”.
Segundo a entidade, o mercado de trabalho progredindo, mesmo que em menor escala e a maior contratação esperada para esse período de fim de ano vêm favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito e mais delas estão conseguindo arcar com as dívidas correntes.
Com as melhores condições econômicas, 20,9% dos consumidores encontram-se com mais da metade de sua renda comprometida com dívidas, uma redução de 0,3 p.p. nas comparações mensal e anual. Na média, as dívidas representam 30,3% da renda dos endividados. No entanto, a maioria das dívidas atrasadas (48,1%) ultrapassa os 90 dias, nível 5,6 p.p. acima do observado no ano passado.
Nas modalidades de dívida, o cartão de crédito obteve a maior participação no volume de endividados em novembro, tendo o maior incremento relativamente ao mesmo mês do ano passado, representando 87,7% do total de devedores. O crédito consignado e o financiamento imobiliário também avançaram no ano (0,5 p.p. e 0,4 p.p., respectivamente), ao passo que as demais modalidades perderam representatividade na carteira de crédito dos consumidores.
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