Cenário Econômico

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o número de famílias endividadas na cidade de São Paulo bateu recorde histórico em junho, atingindo 64,6% dos lares, o que representa 0,8 ponto porcentual (p.p.) acima da maior marca anterior, de 63,8%, registrada em março do ano passado. Desde novembro de 2020, o índice registra um crescimento de mais de 1 p.p. por mês.
O estudo revela que, entre maio e junho, 77 mil famílias entraram na lista de endividamento. Já na comparação com junho do ano passado, este número é ainda maior: 291 mil se endividaram. Aumentou, também, o número de famílias com contas em atraso, situação que atinge 776,3 mil lares (19,5%). Esse é o maior patamar de inadimplência desde abril de 2020, quando a taxa bateu 21,6%. A situação é a mesma entre as famílias que não têm condições de saldar as dívidas: com a terceira alta consecutiva, a taxa chegou a 8,7%, a maior desde abril do ano passado (8,9%).
Na avaliação da entidade, o crescimento do endividamento pode apontar para um aquecimento da economia na cidade, no qual as famílias estão obtendo crédito para consumir e manter outras contas em dia.
Nesse cenário, 80,3% dos endividamentos são no cartão de crédito. Em seguida, as dívidas mais comuns são financiamento de automóveis (15,2%), carnês (14,1%) e empréstimos imobiliários (11,1%).

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