Inadimplência

De acordo com dados apurados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o endividamento segue a trajetória de alta na capital paulista.

O levantamento mostra que, em setembro, 54,4% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, alta de 1,0 ponto porcentual (p.p) na comparação com agosto, quando 53,4% afirmaram estar nessa situação. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era de 51,7%, houve um aumento de 2,7 pontos porcentuais. Em comparação a setembro de 2016, elevou-se em 120 mil o número de famílias endividadas, ao passar de 1,989 milhão para 2,109 milhões.

Já o porcentual de famílias com contas em atraso subiu pelo segundo mês consecutivo e atingiu o maior patamar desde maio de 2012. A proporção de inadimplentes chegou a 20,3% em setembro, elevação de 0,8 p.p. em relação ao mês anterior e leve alta sobre setembro do ano passado, quando registrou 19,9%. 

Diante do quadro de desemprego ainda elevado, é inevitável a deterioração das variáveis relacionadas à inadimplência. A proporção daqueles que não terão condições de pagar as contas em atraso no próximo mês e que continuarão inadimplentes permaneceu estável, em 9,5% em setembro, mantendo-se no maior patamar desde agosto de 2004 - quando chegou a 11,3%, ou seja, 1,3 p.p superior ao registrado em setembro de 2016, quando 8,2% das famílias declararam estar nessa situação. 

Nesse cenário, o cartão de crédito continua o principal tipo de dívida para 71,2% das famílias. Em seguida estão carnês (14%), financiamento de casa (12,2%), crédito pessoal (11,7%), financiamento de carro (10,9%), cheque especial (5,6%) e crédito consignado (4,2%).