Número de setores industriais sem confiança é o maior desde junho de 2020 - Revista Anamaco

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Número de setores industriais sem confiança é o maior desde junho de 2020

Texto: Redação Revista Anamaco

O número de setores industriais sem confiança atingiu o maior patamar em mais de quatro anos e meio, revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em janeiro, o ICEI caiu em 24 dos 29 segmentos industriais. O movimento foi suficiente para que a quantidade de setores pessimistas passasse de 17, em dezembro, para 23, em janeiro. É o maior número de segmentos sem confiança desde junho de 2020.
Para Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, o pessimismo generalizado entre os setores industriais preocupa. Quando a falta de confiança é disseminada, a indústria fica mais cautelosa como um todo. Nesse setor, existe muito encadeamento entre os setores. Por isso, a falta de confiança em um setor afeta a confiança e, assim, as decisões de outro. Numa situação de falta de confiança ampla, não existem setores que se destacam e que, eventualmente, poderiam sustentar não só a própria atividade, mas de outros setores de sua cadeia produtiva”, avalia.
Segundo a pesquisa, o ICEI aumentou em cinco setores. No entanto, apenas o de produtos diversos migrou de falta de confiança, em dezembro, para confiança, em janeiro.
O levantamento mostra, ainda, que a confiança caiu entre os empresários de todas as regiões do País. O maior recuo se deu no Norte (- 3,3 pontos). Em seguida, vêm Centro-Oeste (- 2,9 pontos), Sul (- 2,1 pontos), Sudeste (- 1,7 ponto) e Nordeste (- 0,5 ponto).
Com a queda, as indústrias do Norte e Centro-Oeste migraram de confiança para falta de confiança, unindo-se às empresas do Sudeste e Sul, que já estavam nessa situação. Apenas os empresários industriais do Nordeste seguem otimistas.
Outro dado do estudo aponta que o ICEI caiu entre as empresas de todos os portes. Nas de pequeno porte, diminuiu 2,8 pontos; nas de médio, 1,6 ponto; e nas de grande, 1,4 ponto. Com a queda, as grandes indústrias passaram de um estado de confiança para um estado de neutralidade, onde não há confiança, nem falta de confiança. As pequenas e médias empresas permanecem com falta de confiança.
Para esta edição, a CNI consultou 1.812 empresas, sendo 722 de pequeno porte, 661 médias e 429 grandes.

Foto: Adobe Stock

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