O futuro do pequeno e médio varejo
Marcos Morrone, sócio-fundador da Design Novarejo, foi um dos palestrantes do terceiro dia do Núcleo de Conteúdo Varejo, Atacado e Distribuidor by Grau 10 Editora. Com o tema "O futuro do pequeno e médio varejo: histórias e cases mostram o desenvolvimento, os erros e os acertos no varejo e como o revendedor deve pensar seu ponto de venda no futuro", Morrone falou para uma plateia lotada e interessada nas mudanças que podem definir os rumos de uma empresa.
O palestrante reforçou que ditar regras e dizer como tem de ser feito, seria muita pretensão, por isso fez uma apresentação com base em 30 anos de experiência. "Se cada um fizer uma análise crítica de sua loja, sabe onde deve mexer", observou.
De acordo com Morrone, há no País mais de 140 mil lojas pequenas e médias, que representam 70% do faturamento do setor. "É um segmento que precisa muito de apoio para o design de loja, mas boa parte ainda é resistente a mudanças. Às vezes, muitas delas nem sabem que há empresas especializadas em layout de lojas", ressaltou.
Morrone lembrou que nem sempre a mudança de uma revenda tem que ser completa, mas é preciso reparar como a informação sobre os produtos está sendo passada, como a exposição vem sendo feita, que serviços são prestados e como é o atendimento. O "pulo do gato", na sua percepção é ser uma loja simples na linha de frente e sofisticada na retaguarda.
Para tentar mostrar os benefícios de um ponto de venda com layout vendedor, o palestrante apresentou dois cases: de uma revenda pequena e de uma média. O primeiro foi a loja 4D, startup desenvolvida pela Design Novarejo em parceria com a Candossim e Cabana, para entender e atender o pequeno e médio varejo. O projeto promete uma loja nova em quatro dias. " Fazemos o levantamento de linha de produtos, como a loja opera, que reforma precisa, se está precificada, como era a iluminação, entre outros aspectos", explicou. Com todos esses dados em mãos, traça um projeto que muda toda a configuração do ponto de venda.
Além de fazer as mudanças, Morrone destacou que é preciso informar os clientes para atenuar o impacto das novidades. "À primeira vista, o consumidor estranha a mudança, mas depois se acostuma às facilidades e às melhorias", disse o palestrante.
O segundo case foi a Tend Tudo Acabamentos, Grupo de lojas em vários Estados brasileiros, que "abandonou" o status de home center. Morrone contou que a empresa fez uma pesquisa e se surpreendeu com a visão que os clientes tinham da loja e resolveu fazer o caminho inverso, tirando o home center do nome para fugir da concorrência com os grandes. Paralelamente, mudou a comunicação interna, os uniformes, entre outras medidas. "A loja ficou mais feminina", disse.
Pensando na rápida mudança que os mercados vêm sofrendo - sobretudo nos últimos 15 anos - Morrone deixou um recado ao varejo. "Pensem em como preparar as suas lojas para toda a tecnologia que vem chegando", finalizou.