Texto: Redação Revista Anamaco

Na sequência do projeto "Talks Anamaco", foi realizada ontem (06/08), no canal oficial de YouTube da associação, videoconferência com o tema: “O Papel do Sistema Anamaco na Pandemia”. Mediado pelo superintendente da Anamaco, Waldir Abreu, e com a participação do presidente da entidade, Geraldo Defalco, o debate contou com a presença do presidente da Acomac Porto Alegre (RS), Jaime Silvano, e do presidente da Acomac Londrina (PR), Carlos Gallete Jr. Ambos têm enfrentado seguidos desafios com as autoridades locais, no sentido de manterem as lojas de material de construção em funcionamento e sem restrições.
No início, Abreu destacou a importância da união dos associados da Anamaco, Fecomacs e Acomacs para que autoridades estaduais e municipais incluíssem o setor de material de construção como atividade essencial, assim como varejo de supermercados e farmácias, entre outros. Defalco reforçou que o trabalho realizado pelas entidades do setor foi fundamental para que o segmento de material de construção fosse incluído no decreto nº 10.329 de 28 de abril de 2020, que determina quais são as atividades essenciais.

Na sequência, o presidente da Acomac Porto Alegre afirmou que os revendedores da cidade têm uma boa situação justamente porque as lojas permaneceram abertas e foram beneficiadas por medidas como o auxílio emergencial, que injetou dinheiro na economia e muitas pessoas usaram os recursos para promover melhorias em suas casas. Segundo ele, um ponto negativo é que já ocorre a falta de mercadorias, uma vez que muitas indústrias estão encontrando dificuldades para comprar matérias-primas.
Para enfrentar os obstáculos impostos, a Acomac tem participado de vários grupos setoriais para compartilhar experiências, permitindo que os associados melhorem a gestão do negócio e continuem prosperando. "Somos próximos a outras entidades e lutamos para que toda a cadeia do comércio volte a funcionar, não apenas o de material de construção", comentou Silvano.
De acordo com o presidente da Acomac Londrina, a situação do segmento na cidade é mais complicada, uma vez que as lojas do setor foram proibidas de abrir em horário integral, assim como o comércio em geral, e que a entidade trabalha para reverter a situação. "Temos entrado com liminares para que possamos funcionar. Lutamos para que o problema seja resolvido o mais breve possível", disse Gallete Jr.
O presidente da Anamaco também comentou que um dos problemas atuais é a falta de produtos e enfatizou que a união setorial tem feito a diferença. "Quando temos por trás uma liderança, um grupo de lojistas organizado, temos maior abertura junto às autoridades políticas. Essa força nos ajuda a enfrentar as dificuldades", afirmou Defalco. Ele salientou que, nos próximos dez anos, a construção civil deverá ser um dos segmentos que mais crescerão e que o Governo Federal deverá lançar novos programas de incentivo ao setor, como outras linhas de financiamento para construção e reforma do lar.
Silvano reforçou a necessidade dos lojistas ficarem atentos às mudanças que ocorrem no dia a dia, com planejamento estratégico e formação de lideranças que possam contribuir para a melhoria contínua dos negócios.
Na mesma linha, Gallete Jr. afirmou que é preciso criar oportunidades que surgem em períodos de crises. "A concorrência tem aumentado, pois muitos têm investido no varejo de material de construção. Precisamos ter foco e torcer para que as atividades voltem ao normal e sermos fortes para continuar prosperando", finalizou.