ELEIÇÕES 2018

O que o setor espera dos presidenciáveis

Texto: Redação Revista Anamaco

O segundo turno das eleições presidenciais está definido. O cargo máximo do País será disputado entre Jair Bolsonaro (PSL), que atingiu 49.275.358 votos, o que representa 46,03% dos votos válidos, e Fernando Haddad (PT), que alcançou votação de 31.341.839, o que significa 29,28% dos votos válidos. Os candidatos se enfrentarão de forma direta no próximo dia 28 de outubro.
Seja quem for o próximo presidente, terá muitos desafios e questões importantes a serem resolvidas. Rodrigo Navarro, presidente Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), explica que a expectativa, para o segundo turno, é de uma disputa baseada em propostas concretas, em questões de âmbito nacional, um aprofundamento e debate do que foi apresentado nos programas de governo. “Nesse contexto, é fundamental o respeito às pessoas, às diferenças, à democracia. Não temos certeza de que esse ideal será plenamente atingido, mas devemos buscá-lo em todas as oportunidades que tivermos, ao interagir com os candidatos e respectivas equipes técnicas até a realização do segundo turno. Podemos esperar uma disputa acirrada”, observa Navarro.

Na avaliação do executivo, segurança pública, saúde, geração de empregos, investimentos, habitação e economia em geral deverão ser temas que terão continuidade nos debates. Questões mais específicas dentro de cada um destes assuntos precisarão ser questionadas e detalhadas. “Não podemos perguntar apenas o que pretendem fazer, mas como deverão implantar as propostas”, destaca.
Navarro lembra que nas interações entre a entidade e os candidatos, durante todo o período eleitoral, o ponto comum foi a necessidade de geração de empregos. E o setor de construção civil pode contribuir muito com isso, se for devidamente estimulado. A retomada das milhares de obras de infraestrutura no País, que estão paralisadas em diferentes estágios de execução, segundo o presidente da Abramat, podem contribuir de forma significativa para a geração rápida de empregos e renda, dinamizando a economia.
Com um recorte particular para a indústria de material de construção, Navarro diz que, após uma análise criteriosa feita com seus associados, colaboradores, consultores e apoiadores, a entidade tem a agenda de olhar com muito foco para os pilares fundamentais das necessidades de conformidade técnica e fiscal e capacitação. “Identificamos a necessidade de atenção, também, para as novas tecnologias, inovações e fomento da demanda. O desafio é abordar de maneira integrada essas pautas, até porque elas podem ajudar uma à outra de forma complementar. Nesse contexto, a atenção aos pilares mencionados e às ações envolvendo inovação, pelo novo Governo, com a devida inserção da cadeia de construção civil, é urgente, nas mais variadas frentes. A Abramat está trabalhando nesse sentido”, destaca Navarro.

Claudio Conz, presidente Executivo da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), destaca que o setor fez a “lição de casa” com o diálogo com os dois candidatos. Ele lembra que foi realizado um café da manhã com Jair Bolsonaro e que Fernando Haddad participou do programa Diálogos, da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). Dessa forma, foram apresentadas todas as propostas do setor aos presidenciáveis. “Ouvimos deles que não há como diminuir o desemprego e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) sem mexer na construção civil e na infraestrutura. O setor de material de construção está como uma das prioridades”, reforça.
Conz antecipou que no dia 17 de outubro estará em Brasília estruturando uma nova ação para retificar junto aos dois candidatos o que são necessidades do segmento. O executivo destaca que o mais importante é a consciência que existe da importância que o setor tem para a diminuição do desemprego e para melhoria do PIB. “A nossa cabeça está em novembro e dezembro. Vamos aprovar a Reforma da Previdência ainda este ano. Toda articulação que estamos fazendo, a partir de hoje, é no sentido de aproveitar esse resultado das eleições e trazer a discussão para a Previdência e, quem sabe, para a Tributária, que é a mais complicada”, conta Conz.

Fotos: Divulgação/Grau10 Editora

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